Exatamente. são as nossas pequenas escolhas de cada dia que fazem ao final do mês,do ano ou de nossas vidas ter aquela sensação que tudo foi proveitoso,próspero ou que tudo foi um arraso e digno de arrependimento A partir deste momento o ser humano consegue saber a diferença entre o antes e o depois. Assim é também, quando amamos alguém ou quando resolve-se aceitar o dom mais puro da humanidade que é o de ser mãe. Quando você não é mãe você pode dormir a hora que quiser (e o trabalho permitir), pode usar roupas de marca,ir ao shopping com as amigas,ter a casa sempre limpa e nunca tropeçar em brinquedos,pintar e bordar; ou seja, ser dona e senhora de seu destino.
Entretanto a partir do momento que você tem consideração ou simplesmente ama alguém tudo fica diferente,tudo passa a ter cor. Aquela vida em tom pastel fica apenas na lembrança. Agora imagine se esse amor se transforma em amor materno. Esse amor não existe poesia, não existe crônica que consegue descrevê-lo. A mãe se pudesse iria para a mesa de operação em vez de seu filho. Iria ficar encarcerada em lugar de seu rebento para que ele não sofresse.O olhar da mãe,ainda que seu filho esteja de cabelos brancos o tinge com a pueril cor natural de quando ele tinha seus cinco anos.
E o que será que faz essa magia entre mãe e filho nascer e ser eterna.Talvez seja aquela mordida de um bebê sem dentes ou aquela beliscada de dedos minúsculos ou talvez aquele olhar implorando para não deixar aplicar aquela vacina dolorosa.Sei que em uma simples conclusão não serei capaz de definir.Mas que incrível é perceber e entender que algo tão pequeno como uma criança pode afetar tanto as nossas vidas e o mais incrível ainda é saber e reconhecer que nenhuma mulher supõe ou imagina a plenitude de amar enquanto não se torna : mãe.
*Articulista, Professor e Conselheiro da Asnarf