O DIA DO JUÍZO FINAL

QUE ME PERDOE MARTIN REES, PORÉM:
A PIOR CATÁSTROFE NÃO É O FIM DO MUNDO, E SIM, A EXTINÇÃO DA HUMANIDADE

Com todas as mudanças ocorrendo no planeta, sinceramente, pensar no fim do mundo é, no mínimo, acreditar em bruxarias, lobisomem, vampiros e tantas outras crendices sem qualquer amparo científico.

Aliás, temos motivos para não acreditar em tudo que os cientistas dizem, e ficaremos todos doidos de pedra acompanhando os debates contraditórios em qualquer campo científico. Do mundo, quem tudo sabe nada sabe, estamos a anos luz de conhecer o básico.

Dito isso, vamos aos fatos. O ser humano é o maior predador da terra, disso não restam dúvidas ou questionamentos. Os irracionais agem por instintos, matam para comer.

O que me aterroriza nos tempos atuais não são os maremotos, o desgelo, a luta da natureza pela recomposição do equilíbrio ecológico violentamente agredido pelo homem através dos séculos. A natureza simplesmente se defende pela sobrevivência, incluindo a salvação da fauna.

O que realmente me aterroriza é a ANIMALIZAÇÃO dos humanos. O desenvolvimento da nossa espécie é paradoxal. A geração de riquezas serve ao mesmo tempo para criar suntuosas vivendas para alguns poucos e imensos zoológicos para o resto da humanidade. Gastamos tempo, recursos e fortunas para fabricar geringonças apelidadas de espaçonaves e não chegar a lugar nenhum, na inútil esperança de encontrar um novo mundo antes do apocalipse, e nos apressamos em  ajudar a destruir nosso planeta para antecipar a mudança.

Revolta-me, obrigado que seja, ter que assistir as cenas dantescas mostradas pelas emissoras de televisão em reportagens cobrindo a situação de pacientes que recorrem ao serviço público de saúde. Pessoas baleadas jogadas nos corredores a espera de atendimento por tempo indefinido, idosos com mais de 70 anos na mesma situação. Mulheres que desesperadas e sozinhas fazem o parto escondidas em banheiros infecto e contaminados, quando os fetos nascem mortos, as mães desorientadas as abandonam na lata de lixo mais próxima. Repito o Datena: “cadeia neles, cadeia nos canalhas”.

Há mais de década venho denunciando esse quadro vergonhoso como GENOCÍDIO. Os governantes são diretamente responsáveis por esses crimes E DEVERIAM PAGAR PELOS SEUS CRIMES CONTRA A HUMANIDADE, NAS MESMAS CADEIAS E NAS MESMAS CONDIÇÕES DOS HUMANOS TRANSFORMADOS EM FERAS.

Escondem por trás dos rótulos de unidades médico-hospitalares, na verdade, salas de espera de necrotérios. O paciente é internado para uma operação de apendicite e uma zelosa e experiente equipe médica amputa um dos membros do pobre coitado. 

No entanto, também sou obrigado a assistir outras reportagens e me deparo com o advogado do Arruda reclamando das condições indignas do internamento do seu cliente. Uma confortável sala com ar condicionado e aparelho de televisão, direito a visita íntima, a refeições especiais trazidas pelos familiares e comparsas que ainda estão em liberdade. E O Lula “Paz e Amor – Pai dos pobres e oprimidos” continua discursando contra os falsos democratas da imprensa pela publicação de notícias sensacionalistas e duvidosas que irresponsavelmente mancham a honra das pessoas ainda não julgadas e condenadas.

O ex-metalúrgico está com a razão. O que prova uma gravação em vídeo de políticos recebendo dinheiro e guardando nas meias e cuecas, mesmo com o áudio mencionando as fontes de pagamento, os tais propinodutos. 

No tempo de metalúrgico, revolucionário comunista, postulante a chefia do poder Executivo nacional, o nosso (vade retro satanás) presidente Lula, também considerava desumano o tratamento dos presos políticos. Agora, o mesmo Lula considera normal e digno o tratamento dos presos políticos cubanos e acredita que enriquecer urânio trará maiores e mais rápidos benefícios a humanidade e jamais será usado na fabricação de bombas atômicas.

Vale dizer que o presidente, que descobre tudo, acabou de descobrir que a imprensa brasileira é um covil de falsos democratas. Lula, que democracia é a sua que prega a censura, a lei da mordaça?

Fiquei careca de repetir que no Brasil presidente não preside, governador não governa, prefeito não administra, são donos do  próprio nariz, editam as suas próprias leis, recebem salvo conduto preventivo. A norma é ampla geral e irrestrita e serve para os ocupantes de todos os cargos dos poderes constituídos.

Quantos presidentes de Tribunais de Justiça foram comprovadamente investigados, acusados formalmente pela prática de inúmeros ilícitos, julgados, e condenados à pena máxima em sentenças inapeláveis?

Se um desempregado rouba de um supermercado alguns alimentos para alimentar os filhos, é preso, tratado como animal, entra na bordoada, é torturado, e mofa numa cela de cadeia vários meses sem que a justa Justiça tenha conhecimento.

Somente este ano quantos trabalhadores com farta documentação comprovando inocência, testemunhas respeitáveis foram presas pela polícia em lugar de bandidos foragidos, ou por simples suspeitas infundadas, pela cor da pele, ou por morar em guetos? Quando o caso vem a público, quanto tempo leva a justa justiça para decretar a liberdade dos injustiçados?

Os policiais arbitrários sofrem alguma punição? O Estado indeniza as vítimas. Prender, espancar, torturar, extorquir e matar excluídos no Brasil é regra. 

Já no caso dos presidentes dos Tribunais de Justiça condenados a pena foi à aposentadoria compulsória sem prejuízo do recebimento integral dos salários.

Não é a pobreza responsável pela marginalização das pessoas.  Os pobres já nascem condenados à exclusão, a ignorância, ao desemprego ou ao subemprego, à escravidão, a sobreviver nos zoológicos, a sobreviver como feras. A VIOLÊNCIA E A CRIMINALIDADE É O FRUTO MALDITO DESSA ANIMALIZAÇÃO HUMANA.

Recentemente assisti um repórter surpreso por descobrir numa favela do Rio de Janeiro crianças recém-nascidas alimentadas com mamadeiras de caipirinha. Isso mesmo, caipirinha. A mãe solteira e viciada em drogas não podendo amamentar ou comprar leite, manda ver na cachaça com limão e justifica: limão tem vitamina C. Também não é incomum mamadeira de cerveja.

Isso é verdade, ninguém me contou, cansei de ver. Como ninguém me contou da prostituição infantil que funcionou por muitos anos num bar ao lado do palácio Anchieta, sede do governo do Estado, a poucos metros de uma Delegacia de Polícia.

Estudantes de colégios próximos eram aliciadas por imundos cafetões para fazer programas com hóspedes dos hotéis de terceira categoria da região, na maioria vendedores de meia idade que sentiam medo de freqüentar os inferninhos do Cais do Porto. 
A HORA DO JUÍZO FINAL

Os cineastas de ficção têm utilizado fartamente a evolução das máquinas como uma grande ameaça a raça humana. MAS, A GRANDE AMEAÇA É A EXCLUSÃO SOCIAL E A ANIMALIZAÇÃO DAS CRIATURAS.

Não é mais possível esconder essa realidade, basta acompanhar o noticiário cotidiano da imprensa: dois adolescentes de 14 e 16, cometeram um assassinato somente para filmar a cena com um celular e utilizar como prova de que já eram profissionais do crime; as cenas dos contra-ataques das feras acuadas estão banalizadas, quadrilhas agora ateiam fogo em ônibus sem permitir a fuga dos passageiros; um traficante morto tem como resposta a chacina de muitos trabalhadores pacíficos e, ainda humanos; viciados matam pai, mãe, irmãos, filhos, tudo em troca de dinheiro para comprar drogas.
A HORA DO JUÍZO FINAL

Esse processo de degeneração dos seres humanos se tornou irrefreável. Por mais que me esforce não encontro qualquer alternativa racional e civilizada que sirva para reverter A REVOLTA DAS FERAS HUMANAS. Basta ver o quadro social que é a real situação do País.      

O processo de animalização de seres humanos atinge todos os setores das classes baixas e médias da sociedade. Semana passada um sargento do Exército foi preso pela PF transportando um carregamento de cocaína, dois pastores evangélicos também foram presos com um lote de armas que seriam vendidas a bandidos, jovens de classe média alta foram detidos por assaltos a joalherias e loja de roupas sofisticadas, delitos praticados por pura diversão, autores desconhecidos incendeiam um morador de rua em São Paulo, pela quarta vez um serial killer do volante foi preso dirigindo um veículo embriagado e sem habilitação, desta vez, matou uma criança e feriu o pai gravemente quando se divertiam em um parque público.        

A animalização acontece no mundo inteiro, povos escravizados, ditadores enlouquecidos ambicionam o poder universal, multiplicam-se as guerras com embalagens de obrigações religiosas encontradas nas passagens bíblicas, e também as guerras pelos direitos as riquezas materiais, o monopólio do petróleo, a exclusividade na exploração da ciência e da tecnologia.

Sintoma aterrorizante dessa animalização se constata e se reafirma com a denúncia de Israel que se prepara para defesa contra a ameaça de ser atacado por armas químicas e biológicas.
DAS DEMOCRACIAS DE DIREITO E DE FATO

Em resumo, as democracias de direito só existem no papel, de fato elas se constituem em consórcios econômicos ou organizações que comandam os crimes organizados.

Do consórcio brasileiro pretendo falar em outro capítulo, e repito agora a frase com a qual eu encerrava os meus programas de rádio e televisão: SE DEUS QUISER  E SE ELES DEIXAREM.
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