Este latifúndio foi palco de uma das maiores operações repressivas praticadas contra camponeses nos últimos anos no Estado do Pará. A ação foi promovida pelas Policias Militar, Civil e Rodoviária Federal e contou com todo apoio de unidades do Exercito Brasileiro, a mando da governadora ANA JULIA(PT). Esta repressão covarde contra os camponeses ocorreu após campanha caluniosa dos meios de comunicação do latifúndio, tanto regional como nacional como a revista Veja e jornal Folha de S. Paulo, contra a LIGA DOS CAMPONESES POBRES. Acusaram a Liga de "bando armado", de "quadrilha", de "utilizar tática de guerrilha", etc., tudo isso para justificar a repressão, torturas e perseguição contra os camponeses da região. Esta campanha teve o dedo sujo do deputado federal GIOVANNI QUEIROZ (PDT), ex-prefeito de Conceição do Araguaia, conhecido testa de ferro do latifúndio e inimigo dos camponeses. O reacionário Giovanni Queiroz sempre foi ligado à UDR e é defensor dos latifundiários que praticam trabalho escravo na região (Usina Pagrisa em Ulianópolis e recentemente em fazenda de São Félix do Xingu). As denúncias de torturas, violências e arbitrariedades praticadas pela polícia durante a chamada "operação paz no campo" contra os camponeses foram acolhidas pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Pará. Em duas audiências públicas em Redenção por esta Comissão se comprovaram mais uma vez, através do depoimento de dezenas de camponeses, as agressões, abusos e torturas praticados pela policia a mando da governadora Ana Júlia (PT).
A fazenda Forkilha sempre foi lugar de crimes como assassinato, torturas e trabalho escravo. Seu finado proprietário, Jairo Andrade, roubou aquelas terras expulsando posseiros e indígenas; ele foi um dos fundadores da famigerada UDR e responsável por executar inúmeros atrocidades contra camponeses, além de ser responsável direto por assassinatos de advogados e religiosos que defendiam a causa camponesa na região. Hoje seus familiares e herdeiros continuam a promover o terror. Seu irmão, o latifundiário Gilberto Andrade, está preso, condenado pela Justiça Federal no Maranhão, a 14 anos de prisão por crimes de trabalho escravo, ocultação de cadáver e aliciamento de trabalhadores.
A retomada deste latifúndio é a prova que nem os espancamentos, as torturas e o terror promovido contra os camponeses, tiraram sua vontade e disposição de lutar por um pedaço de terra.
Convocamos os democratas, pequenos comerciantes, estudantes, professores, donas de casa e todas as pessoas honestas a apoiarem e defenderem nossa luta.
Nossa causa é justa e só ela pode tirar nosso povo da miséria e verdadeiramente promover o desenvolvimento da região.
VIVA A REVOLUÇÃO AGRÁRIA !
A FORKILHA É NOSSA!
Liga dos Camponeses Pobres do Pará e Tocantins