Manifestantes liberam a Via Dutra e fazem protesto em Piraí

Os trabalhadores rurais Sem Terra que mantinham bloqueada a Via Dutra já liberaram as duas pistas. O protesto começou às 9h e durou uma hora. Após a saída, os manifestantes seguiram para a praça do município de Piraí, onde farão um ato diante do Fórum e da Prefeitura. São cerca de 13km de caminhada. A BR 101 também já foi liberada pelos Sem Terra

As famílias Sem Terra vão pedir a aceleração da Reforma Agrária e apoio municipal aos assentados, com garantia da infra-estrutura para que possam produzir.

No domingo (15/04), cerca de 100 famílias ocuparam uma área às margens da BR 393 (rodovia Lucio Meira). As famílias pretendem permanecer no local, onde já montaram barracas. Há 1.200 famílias acampadas no estado do Rio, à espera da Reforma Agrária. Algumas vivem debaixo da lona preta há mais de seis anos.

No Rio de Janeiro, um ato reunirá Sem Terra e servidores estaduais e federais. A manifestação começa na Candelária, às 16h, segue para a Praça XV e, em seguida, para a Cinelândia, onde uma aula pública sobre a atual política econômica e a Reforma Agrária encerra a programação no fim do dia.

Os manifestantes lembram o assassinato brutal de 19 Sem Terra e de mais três agricultores nos dias seguintes, em decorrência dos disparos feitos por policiais militares comandados pelo coronel Mario Collares Pantoja e pelo major José Maria Pereira de Oliveira, sob ordens do governador do estado à época, Almir Gabriel. Também foram lembradas as cinco mortes de Sem Terra na Chacina de Felisburgo, em 20 de novembro de 2004, quando pistoleiros a serviço do proprietário da fazenda ocupada executaram sumariamente os agricultores em Minas Gerais. Todos os crimes continuam impunes.

Em todo o Brasil, manifestantes lembram a data, declarada Dia Internacional da Luta Camponesa. Desde o início do mês, a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária já teve ações em 15 estados. Os trabalhadores denunciam também a lentidão do poder Judiciário em expedir a posse de fazendas desapropriadas ao Incra para permitir o assentamento. Centenas de áreas em todo o país estão com o processo de desapropriação parado porque os juízes descumprem a Lei do Rito Sumário, que determina que a posse seja imitida em até 48 horas.

As reivindicações dos Sem Terra são por uma Reforma Agrária integral, que garanta o acesso democrático à terra, à saúde, à educação, à moradia e à cultura. Em detrimento dos investimentos feitos no agronegócio através do incentivo à exportação e do repasse direto de recursos através do BNDES e dos bancos públicos, o Movimento Sem Terra defende a aceleração dos processos de desapropriação de terras, com foco especial nas terras nas terras de empresas estrangeiras que desrespeitam a legislação; e a atualização dos índices de produtividade que definem se uma fazenda é ou não produtiva, já que os atuais são da década de 70 e estão em completo descompasso com os avanços tecnológicos.

As famílias Sem Terra querem ainda a criação de um novo modelo de assentamento que inclua crédito rural, produção de alimentos e instalação de agrondústria com incentivo para adoção de métodos agroecológicos (orgânicos); o fortalecimento da Conab na compra de alimentos da agricultura familiar; a reestruturação do Incra, com realização de novos concursos públicos, a melhoria da estrutura do órgão e sua vinculação direta à Presidência da República. O MST propõe que o governo incentive o reflorestamento nas áreas de reforma Agrária; a disponibilização de assistência técnica pública para os pequenos agricultores e o desenvolvimento de um amplo programa de Educação no Campo, que considere as peculiaridades deste ambiente, com ampliação dos recursos do Pronera (Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária).

Para mais informações: Ana Miranda - 24 9977-0696

Tamara Menezes Assessoria de Comunicação - MST
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Celular: 21 8721-5680
Tels: 21 2240-8496/ 2533-6556










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