Jaru, 31 de março de 2008
Hoje pela manhã apareceu na sede da LCP, em Jaru, Rondônia, um homem
que se identificou como jornalista da Rede Record de São Paulo.
Desconfiados, ligamos para a sede da Record em Porto Velho onde
disseram desconhecer a presença de tal jornalista de sua empresa em
Rondônia.
Então nós solicitamos identificação do elemento que se recusou a nos dar, dizendo que não tínhamos o direito de exigir isto.
Ele saiu da sede e, junto de outro homem, passou a filmar a sede da LCP.
Tudo indica tratar-se de um policial disfarçado.
Em 2003 a LCP e o movimento camponês também foram alvos de ataques da imprensa com matérias caluniosas e difamatórias e de ataques das forças policiais do estado. Sofremos toda sorte de abusos policiais, como prisão sem mandado, invasão e revista de residência de camponeses também sem mandado, agressões e tortura psicológicas, inclusive contra mulheres e crianças.
Semana passada teve início outra campanha sórdida da imprensa marrom com matéria da revista “Isto é” (mais conhecida como “Quanto é”) do dia 25 de março, que repercutiu no jornal latifundiário “Folha de Rondônia” e em alguns sites de notícias do estado.
Sabemos que toda esta gritaria contra a LCP e os camponeses pobres em luta pela terra não são à toa. Estamos esperando uma grande repressão e este fato de hoje na sede da LCP já é mais um indicativo disto. Nestes momentos em que tentam isolar e criminalizar o movimento popular é quando mais precisamos do apoio dos democratas de todo o país para que a verdade triunfe sobre a mentira. Unidos, podemos derrubar esta campanha.
Pedimos que enviem esta e outras denúncias nossas para seus contatos e que protestem junto aos governos federal e estadual, ao Ibama, Sedam (Secretaria Estadual de Meio-Ambiente) e ao comando das polícias Militar de Rondônia, Ambiental e Federal.
Agradecemos desde já,
LCP – Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia