Camponeses pobres são libertados no Sul do Pará

Os últimos 21 camponeses presos injustamente pela Polícia Militar do estado do Pará, na "Operação Paz no Campo", foram libertados no dia três de janeiro. Desde a prisão de cerca de duas centenas de camponeses, ocorrida no dia 19 de novembro passado, aconteceram várias manifestações dos mais amplos setores da sociedade do Pará e do Brasil contra a truculenta operação militar do estado do Pará, governado por Ana Júlia.

 

Fruto da mobilização, um grupo de advogados comandou as ações jurídicas forçando o Estado a reconsiderar sua decisão. O pedido de Habeas Corpus foi impetrado pelos advogados Marco Apolo Santana Leão, da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos - SDDH; os defensores públicos do estado do Pará, Antônio Roberto Figueiredo Cardoso e Rossivagner Santana Santos; o representante do Núcleo dos Advogados do Povo (NAP), Júlio da Silveira Moreira; e os estudantes de direito, Rafael Ferreira Vasconcelos e Aline Moura Ferreira Veiga.
 
A Fazenda Forkilha foi ocupada por camponeses pobres da região de Redenção (PA), no início de julho do ano passado, com o apoio da Liga dos Camponeses Pobres do Pará e Tocantins (LCP-PA e TO). A fazenda é conhecida nacionalmente, devido a várias denúncias de trabalho escravo.
 
A farsa montada pelo Estado e pelo latifúndio da região para retirar os camponeses da área começa a ser desmontada com a libertação dos trabalhadores. As atrocidades cometidas escandalizaram a população do sul do Pará. Mas, os camponeses pobres, em nenhum momento, abaixaram a cabeça diante das humilhações. Com eles estava a certeza de que a luta pela terra é uma demanda justa e que receberiam o apoio de democratas e progressistas do Pará e de todo o país.
 
Na saída da delegacia e do presídio de Redenção, fogos e muita alegria. Após 45 dias presos injustamente, os camponeses e camponesas reviam familiares, amigos, companheiros de luta e revigoravam o ânimo para continuar firmes, lutando por um pedaço de terra, levando adiante a Revolução Agrária.
 
Agora, devido ao fato dos camponeses terem sido retirados ilegalmente da Fazenda Forkilha, uma vez que havia apenas um mandado de busca e apreensão para a área, e sem justificativas legais para mantê-los presos, Estado e latifúndio temem a retomada das grandes mobilizações por terra no sul do Pará. Eles sabem que a repressão infligida ao povo é o maior combustível para um grande levante das massas camponesas.
 
No dia oito de janeiro, a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Pará, realizará audiência pública para ouvir as denúncias das  famílias  que sofreram algum tipo de violência na "Operação Paz no Campo", organizada pelos governos estadual e federal. A audiência ocorrerá na sede da secção da Ordem dos Advogados do Brasil, em Redenção, PA, situada à Av. Brasil, nº 2.764, às 15 horas.
 
Núcleo dos Advogados do Povo – Brasil (NAP-Brasil)
 
www.napbrasil.org

 

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