O fenômeno influencia na vida de aves e animais, no desenvolvimento de um grande número de organismos. Foto: Bev Lloyd-Roberts/SXC
O número de árvores antigas que estão desaparecendo no mundo é alarmante, afirmam cientistas norte-americanos e australianos. A conclusão é parte de um estudo publicado pela revista científica Science.
De acordo com a pesquisa, em todas as partes do mundo as maiores e mais velhas árvores estão ameaçadas de desaparecer. Para impedir que isso ocorra, é preciso investir em políticas de preservação. “É um problema mundial que ocorre em quase todos os tipos de florestas”, afirma David Lindenmayer da Universidade Nacional da Austrália, líder do programa de pesquisa.
O estudo indica que as vegetações estão tão vulneráveis quanto a extinção de alguns animais. “Da mesma forma que os grandes animais, como os elefantes, os tigres ou os cetáceos, cuja população está em forte declínio, uma série de indícios mostra que estas árvores correm o mesmo risco”, ressalta a pesquisa.
A pesquisa foi realizada com colegas de Lindenmayer da Universidade James Cook da Austrália e da Universidade de Washington nos Estados Unidos. Juntos eles notaram o desaparecimento de grandes árvores entre com entre cem e 300 anos de idade em partes da Europa, Américas do Norte e do Sul, África, Ásia e Austrália.
“Estamos falando do desaparecimento dos maiores organismos vivos do planeta e de organismos que têm um papel determinante na regulação da riqueza de nosso mundo. A tendência é, de fato, muito preocupante”, declarou Bill Laurance, da Universidade James Cook.
As principais causas são uma combinação de fatores, como incêndios florestais, aquecimento climático, o desmatamento e a necessidade de terras agrícolas. O fenômeno influencia na vida de aves e animais, no desenvolvimento de um grande número de organismos, além do ciclo hidrológico. Entre as espécies mais ameaçadas estão as sorveiras da Austrália, os pinhos dos Estados Unidos, as sequoias da Califórnia e os baobás da Tanzânia.Com informações do iG.
* Publicado origiginalmente no site CicloVivo