Foto: Francesco Veronesi / Flickr
Ao se aposentarem, as pessoas tendem a emitir o maior nível de CO2 da sua vida, cerca de 14,9 toneladas por individuo anualmente. Logo após, a quantidade cai continuamente até 13,1 t/ano aos 80 anos.
Para calcular o perfil das emissões per capita, Zacheni reuniu dados de quantos dólares um residente norte-americano gasta em diferentes estágios da vida em nove produtos e serviços altamente consumidores de energia, incluindo eletricidade, gasolina e viagens aéreas. Ao designar pesos de CO2 para o consumo destes bens, ele combinou os nove perfis de consumo, produzindo um único.
Os gastos nas nove áreas mudam consideravelmente ao longo da vida: adultos de meia idade voam e dirigem mais frequentemente que jovens, e usam mais eletricidade. Mas com o envelhecimento, isto muda. Em média, idosos gastam mais do que jovens adultos, mas uma fatia crescente destes custos é voltada para a saúde, que além de ter emissões menores de CO2 faz com que sobre menos dinheiro para bens intensivos em energia.
Gastos com vestimenta começam a cair depois dos 58 e o consumo de gasolina cai dos 60 em frente. Todavia, como passam mais tempo em casa, o seu consumo de eletricidade e gás natural (para aquecimento) aumenta até os 80 anos, quando o uso de energia parece alcançar um nivelamento.
Apesar da população cada vez mais idosa levar a um leve crescimento nas emissões ao longo das próximas quatro décadas, a tendência em longo prazo indica que o aumento da expectativa de vida resultará na redução das emissões, diz o estudo
Projeções das emissões de CO2, como as do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima, dependem muito dos índices populacionais futuros, porém só consideram o tamanho da população e não a sua composição de idade.
O modelo econômico-demográfico desenvolvido por Emilio Zagheni com base em um perfil norte-americano, devido a disponibilidade de dados, é válido universalmente e pode ser aplicado em outros países.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)