Em abril de 2010, o desmatamento ocorreu principalmente no Estado de Mato Grosso (59%), seguido de Pará (23%) e Rondônia (10%). O restante da devastação ocorreu no Amazonas (6%) e no Acre (2%). Já em maio, o desmatamento foi maior no Amazonas (33%) seguido de Mato Grosso (26%), Rondônia (22%), Pará (17%) e Acre, com apenas 2%.
A maior parte da devastação aconteceu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, em ambos os meses. Porém, os dados podem estar subestimados, já que a cobertura de nuvens no período só possibilitou o monitoramento de 45% da Amazônia, em abril, e de 50% em maio.
O Imazon também divulgou os dados do desmatamento acumulado de agosto de 2009 a maio de 2010 (oito primeiros meses do atual calendário de desmatamento). Nesse período, foram desmatados 1.161 km² de floresta, ou seja, houve um aumento de 7% na derrubada de árvores, em comparação com o período anterior (agosto de 2008 a maio de 2009), quando a devastação foi de 1.084 km².
Os dados do Imazon haviam revelado um crescimento de 24% do desmatamento acumulado 2009/2010 em relação ao observado no período anterior. Porém, a redução expressiva da devastação nos últimos dois meses, fez com que a ascensão do desmatamento acumulado caísse para 7%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em relação à degradação florestal -florestas intensamente exploradas por atividade madeireira e/ou queimadas-, a área da Amazônia afetada, em abril e maio de 2010, totalizou 64 km².
Emissões por desmatamento cresceram 9%
Desde janeiro de 2010, o Imazon também reporta as estimativas do carbono comprometido, isto é, do carbono florestal emitido devido a queimadas e decomposição de resíduos de biomassa provenientes do desmatamento na Amazônia Legal. Segundo os dados obtidos, a devastação acumulada no período de agosto de 2009 a maio de 2010 resultou no comprometimento de 76 milhões de toneladas de CO2 equivalente, sujeitas a emissões diretas e futuras por eventos de queimada e decomposição.
Isso representa um aumento de 9% em relação ao período anterior (agosto de 2008 a maio de 2009), quando o carbono florestal afetado pelo desmatamento representou 69 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
(Envolverde/Amazônia.org.br)