Este lembrete das duas instituições veio logo após dados inseridos no quarto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC) serem duramente criticados por falta de base científica, forçando o seu chefe a se desculpar pelo erro na semana passada.
As últimas análises, publicadas no relatório ‘Global Glacier Changes: Facts and Figures’ de setembro de 2008, demonstram que a taxa anual de derretimento dos glaciares dobrou após a virada do milênio, segundo o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP) que trabalha em conjunto com o WGMS.
Porém, o diretor da WGMS, Wilfried Harberli disse ao The Guardian que o degelo continua, apesar de “ser menos extremo do que há alguns anos, mas o que é realmente importante é uma tendência de cerca de dez anos, e isto demonstra uma aceleração ininterrupta do derretimento”.
Os glaciares mais vulneráveis são aqueles localizados em altitudes menores, como os Alpes e os Pirineus na Europa, na África e partes dos Andes na América do Sul e Central e as Montanhas Rochosas na América do Norte.
A UNEP e o WGMS disseram que o monitoramento na Ásia central, nos trópicos e nas regiões polares precisava ser aprimorado, enquanto na Europa e América do Norte os dados são de excelente qualidade.
(Envolverde/CarbonoBrasil)