Brasília, (DF) — A Esplanada dos Ministérios em Brasília serviu de palco, nesta terça-feira pela manhã (01/12), para uma mega manifestação do Greenpeace. Às vésperas da Conferência do Clima em Copenhague, 34 ativistas estenderam um banner gigante de nove mil metros quadrados e quase 1,5 tonelada com um recado direto para o presidente Lula: “Você pode fazer mais pelo clima: desmatamento zero; energias renováveis e proteção dos oceanos”. Este é o maior banner aberto pelo Greenpeace nos 38 anos de história da organização no mundo.
O banner é formado por 130 pedaços. Em ações de mobilização pelo clima realizadas durante todo o segundo semestre pelo Greenpeace, esses pedaços foram usados para a população mandar recados para o presidente. Mais de seis mil brasileiros aproveitaram para reiterar a Lula a importância da reunião de Copenhague.
“O governo deu um passo importante estabelecendo metas para levar para Copenhague, mas o presidente pode fazer muito mais”, diz Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace. “No Brasil, Lula tem condições de ampliar a proteção às florestas e aos oceanos. Em Copenhague, esperamos que ele trabalhe com afinco por um acordo global que ajude a afastar o perigo do aquecimento global.”
As mudanças climáticas são um dos maiores desafios que a humanidade já enfrentou, e controlá-las depende de atitudes ambiciosas. A proposta que o governo brasileiro apresentou – uma redução entre 36% e 39% na curva de crescimento das emissões de gases do efeito estufa até 2020 – é um começo, mas não é suficiente.
A Conferência do Clima, que começa em cinco dias, é o momento de os países, inclusive o Brasil, enfrentarem de uma vez por todas a questão das mudanças climáticas.
O Greenpeace espera dessa reunião cortes significativos nas emissões dos países ricos; um fundo para salvar nossas florestas e fundos para ajudar países em desenvolvimento. “Em outras palavras, esperamos que o mundo resolva os problemas criados no passado para garantir o futuro dos nossos filhos e netos”, finaliza Leitão.
(Envolverde/Greenpeace)