Canadian Natural Resources, Chevron, Consol Energy, Exxon Mobil, General Motors, Massey Energy, Southern Company, Standard Pacific and Ultra Petroleum foram todas nomeadas para a Climate Watch List, que é compilada pela Ceres, uma coalizão de investidores e grupos ambientais. Consol, Exxon e Massey estão aparecendo pela segunda vez na lista.
As companhias foram citadas por não adequarem suas emissões de dióxido de carbono (CO2) às expectativas dos investidores, estarem atrás de outras empresas dos mesmos setores em termos de políticas ecológicas e não se prepararem de maneira satisfatória para futuras regulamentações ambientais, o que colocaria o capital investido nelas em risco.
“Não observamos nem progresso nem responsabilidade nessas
companhias”, afirmou Mindy Lubber, presidente da Ceres.
Segundo Ken
Sylvester, controlador assistente de políticas de pensão de Nova York, a Consol
teria inclusive tentado bloquear resoluções dos acionistas relacionadas com
políticas climáticas. Mas apesar dos esforços da própria empresa, uma resolução
desse tipo foi aprovada no fim de 2008 com 40% de apoio dos
investidores.
A Consol teria ainda pedido ao US Securities & Exchange
Commission para excluir uma resolução que determinava um estudo das pegadas de
carbono da empresa sob a alegação de que como é uma produtora de combustível
fóssil é claro que os acionistas já saberiam que a companhia teria um grande
impacto ambiental. “Precisamos mesmo gastar tempo e recursos para analisar o que
já é obvio?”, declarou um porta-voz da
Consol.
Resoluções
Já no começo de 2009 o número
resoluções feitas pelos investidores com foco no aquecimento global bateu
recorde, chegando a 63 contra 57 companhias norte-americanas e candenses. O
interesse deles é descobrir como as empresas estão se preparando para as
possíveis conseqüências climáticas e novas leis ambientais. Doze dessas
resoluções são contra empresas que estão na Climate Watch List, sendo quatro
contra a Exxon e duas contra a Chevron.
“Essas resoluções também buscam
aplicar pressão para que as empresas reduzam suas pegadas de carbono”, disse o
porta-voz da Consol. “No nosso caso, a solução mais óbvia é fechar de vez as
portas, mas isso não seria o melhor para os acionistas ou para o
país”.
Segundo a Ceres, o esforço para aumentar as informações à
disposição dos acionistas sobre estratégias das companhias diante do desafio
climático é muito relevante. “O congresso dos EUA deve limitar as emissões de
CO2 muito em breve e isso afetará de maneira drástica os riscos dos
investimentos”, afirmou Lubber.
Chevron e a Canadian Natural Resources
foram muito citadas na lista em virtude da exploração de petróleo nas areias
betuminosas do Canadá, que emite muito mais gases do efeito estufa que as
extrações convencionais.
“As preocupações com os novos projetos nas
areias canadenses ganham força diante da realidade de que eles reafirmam a
dependência dos combustíveis fósseis”, conta Andrew Logan, diretor do programa
de indústrias petrolíferas do Ceres.
As companhias podem sair da lista
basicamente interagindo ou acatando as resoluções propostas pelos acionistas.
Segundo a Ceres, 12 resoluções já foram deixadas de lado, apenas porque as
empresas demonstraram para os investidores claro interesse em se comprometer uma
postura mais responsável com o meio ambiente.
* Com informações de
Agências Internacionais
(Envolverde/CarbonoBrasil)