Mais baratos a cada dia, os Diodos Emissores de Luz tem também a durabilidade
ao seu favor e já são aplicados em projetos urbanos que vão de Copacabana ao
Japão.
Independente de qual seja a tecnologia usada para iluminação
pública e privada no futuro, sem dúvida deverá ser algo que consuma menos
energia elétrica e que não agrida o meio ambiente. Nessa busca, empresas,
pesquisadores e governos parecem ter encontrado o candidato ideal para apostarem
suas fichas: o LED.
Há décadas sendo utilizado em equipamentos eletrônicos, o LED (sigla inglesa para Diodos Emissores de Luz) é fabricado com um material semicondutor semelhante aos chips de computador. A passagem de corrente elétrica por ele promove a emissão de luz.
A durabilidade pode
chegar a mais de cem mil horas de uso, contra apenas mil de uma lâmpada
incandescente. Outra vantagem é o consumo de energia elétrica, uma lâmpada comum
converte em luz apenas 5% da energia, já o LED converte até 40%. Isto o faz
muitas vezes mais econômico.
"A necessidade de melhorar a eficiência da
iluminação, diminuir seus custos e a tornar menos agressiva ao meio ambiente,
tudo isso impulsiona a pesquisa de novas aplicações do LED", conta o fundador e
diretor executivo do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas e
da Auto Sustentabilidade, Fábio
Rosa.
Aplicações
Com uma série de novas técnicas
e produtos sendo desenvolvida, o LED começou a ser utilizado em diversos
projetos urbanos. A praia de Copacabana, por exemplo, teve recentemente mais de
quatro mil LEDs instalados em 240 quiosques, mostrando como já é possível
utilizar os diodos em grande escala para a iluminação pública.
Mas o
projeto mais ambicioso em relação à aplicabilidade do LED vem do Japão, onde a
Toyota construiu toda uma vila iluminada apenas com esta tecnologia. Chamada de
"Azabu no Oka," a vila fica localizada na cidade de Aichi, e possui 204 lotes
residenciais, que começaram a ser vendidos em janeiro deste ano. Atualmente 21
lotes estão prontos para a entrega, mas todo o projeto levará ainda quatro anos
para ser finalizado.
Quando estiver pronta, a vila terá mais de mil
lâmpadas LED. Utilizando essa tecnologia, a Toyota promete que o consumo de
energia do local será 75% menor do que se fossem usadas lâmpadas
comuns.
Para iluminar Copacabana foram investidos cerca de R$ 200 mil e
cada casa no Azabu no Oka deve sair pela pequena fortuna de US$ 600 mil. Isso
demonstra o grande obstáculo no caminho do LED: o
preço.
Custo-benefício
Apesar de seu preço cair
pela metade a cada dois anos, as lâmpadas LED ainda são bem mais caras que seu
equivalente incandescente ou fluorescente. Centros de pesquisa e empresas estão
investindo para diminuir essa diferença e assim conquistar a atenção dos
consumidores.
"O mercado ainda não apresenta os produtos que são
procurados pela sociedade. A tecnologia é bem recente, apesar de já existir nos
produtos eletrônicos, a idéia de usar na iluminação é nova. Precisamos fazer as
pessoas e governos entenderem que apesar do preço, o LED compensa por sua
durabilidade e eficiência", conclui Rosa.
Legenda: Poste
de iluminação com LED em Azabu no Oka
(Envolverde/CarbonoBrasil)