Brasília - O desmatamento na Amazônia em outubro atingiu 541 quilômetros quadrados de floresta, área equivalente à metade do município do Rio de Janeiro. O número é 8% menor que o registrado em setembro, quando os satélites identificaram 587 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas. Os dados são do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados sexta-feira (05/12) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Mato Grosso, Pará e Rondônia foram responsáveis por 90% do desmatamento da floresta no período. Pelo segundo mês consecutivo, Mato Grosso lidera a lista de maiores desmatadores, com 233 quilômetros quadrados, 43% do total. As motosserras do Pará foram responsáveis por outros 218 quilômetros quadrados de desmate, o que garantiu ao estado o segundo lugar em devastação em outubro. Rondônia aparece em seguida, com 36 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas.
De acordo com o relatório do Inpe, a cobertura de
nuvens sobre a região pode ter encoberto a visualização de mais desmatamentos.
Por causa das condições de visibilidade, os satélites deixaram de verificar 33%
da Amazônia Legal em outubro. "Estados como o Amapá, e parte do Amazonas e Pará,
por exemplo, não puderam ser monitorados adequadamente, pois apresentaram um
alto índice de cobertura de nuvens no período", indicou o Inpe.
Por causa
do aumento da intensidade de nuvens na Amazônia, previsto para os próximos
meses, o Inpe vai interromper a divulgação dos dados do Deter. "Todos os dados
apurados pelo Deter neste período serão publicados até o final de fevereiro [de
2009], assim como o respectivo relatório de avaliação", informou o
instituto.
A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso
(desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de
alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos
ambientais.
(Envolverde/Agência Brasil)