Para o biólogo Pedro Menezes, especialista da Fundação Zoológica de Niterói, o jacaré-de-papo-amarelo não representa uma ameaça aos moradores do Engenho do Mato, em Niterói, e ressalta que sua presença é um indicativo da qualidade dos ecossistemas no entorno da Serra da Tiririca: "Não se pode conceber que hoje a despeito das campanhas informativas, alguns indíviduos identifiquem um animal como o jacaré como uma ameça para o homem. A verdadeira ameaça vem da igorância do ser humano. É um grande privilégio para a população de uma determinada área poder ter contato com um animal que até pouco tempo estava ameaçado de extinção." Destacando ainda que "O jacaré representa o último dos grandes répteis que habitaram o planeta junto com os dinossauros."
O jacaré-de-papo-amarelo tem vida quase que exclusivamente aquática, faz parte da fauna das florestas tropicais, preferindo áreas de baixada, com suas lagoas, lagos e rios. Sai para caçar principalmente à noite. Sua presença representa, ao contrário do que muitos pensam, uma contribuição eficaz para o aumento da população de peixes nos corpos d'água, já que suas fezes servem de adubo para o desenvolvimento de fitoplancton, que é utilizado como alimento por diversas espécies de peixes. No Rio de Janeiro, vem aos poucos desaparecendo devido à drenagem de pântanos, aterro de alagados, derrubada de matas de restinga e à poluição dos rios.