Para isto maneja várias categorias de
espécies: extinta ou extinta em estado silvestre; em perigo crítico de extinção;
e perigo e vulnerável; quase ameaçada; "preocupação menor" e "dados
insuficientes". No último caso – que inclui 836 mamíferos – a falta de
informação impede a avaliação. Entre os 188 mamíferos em "risco crítico de
extinção" figura o lince ibérico (Lynx pardinus), cuja população diminui junto
com sua principal fonte alimentícia, o coelho europeu. Também nesta categoria,
mas assinalada como já "possível extinta", está a jutiíta (Msocapromyus
sanfelipensis), um roedor cubano que não é visto há quase 40 anos.
"Temos
uma economia mundial contrária à conservação", disse, por sua vez, Holly Dublin,
presidente da Comissão de Sobrevivência de Espécies da UICN. O Banco Mundial
incluiu gradualmente cláusulas para preservar florestas e áreas protegidas da
degradação entre suas condições para empréstimos aos países em desenvolvimento,
acrescentou. Em conversa com a IPS/TerraViva, Dublin admitiu que esse enfoque,
ao mesmo tempo em que ajuda a proteger o habitat, se soma ao pacote de condições
impostas aos países pobres que se esforçam para conseguir uma qualidade de vida
para suas populações semelhante ao das nações ricas.
Nesse sentido, a
crise financeira mundial originada na crise dos mercados de créditos
hipotecários dos Estados Unidos pode ter ensinado "uma ou duas lições" sobre a
necessidade de mudar drasticamente os estilos de vida se a raça humana não quer
desaparecer, acrescentou Dublin. A UICN, com sede na localidade suíça de Gland,
elabora sua Lista Vermelha a cada quatro anos. As anteriores são de 1996, 2000 e
2005. (IPS/Envolverde)
(Envolverde/IPS/TerraViva)