Um mercado ainda pouco explorado no Brasil, mas com grande aplicação econômica em diversos países, ganha um impulso com a criação da Rede Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Bambu (Redebambu/BR).
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apoiará projetos de pesquisa e desenvolvimento que busquem a inovação e a difusão de conhecimento ambiental e de tecnologias de utilização dos bambus nos setores da construção civil, da indústria de móveis e de outros artefatos. China, Índia, Colômbia e Equador são alguns países que têm desenvolvido tecnologias para o aproveitamento do bambu na construção civil, no artesanato e na alimentação humana e animal. O território brasileiro abriga grande diversidade de gêneros e de espécies de bambus, muitos deles não encontrados em nenhuma outra parte, e tem no Acre uma das maiores florestas contínuas de bambu nativo no mundo.
Apenas na costa da Bahia, na região da Mata Atlântica, foram encontrados 22 gêneros e 62 espécies de bambus. Essa diversidade está ameaçada de extinção pela ocupação desordenada do espaço, a expansão da lavoura cacaueira e a retirada ilegal de madeira.
Segundo o CNPq, as propostas aprovadas para a Redebambu serão financiadas com recursos de até R$ 1,8 milhão. Podem concorrer pesquisadores, professores e especialistas com vínculo empregatício com instituições de ensino superior, centros e institutos de pesquisa e desenvolvimento públicos e privados.
Propostas devem ser enviadas até 22 de setembro, exclusivamente pelo formulário de propostas on-line, disponível em www.cnpq.br/formularios/index.htm.
Mais informações sobre a chamada: www.cnpq.br/editais/ct/2008/025.htm