O biólogo conta que esteve pessoalmente no ambiente natural de Glaziophyton mirabile com o Dr Ruy Valka Alves e Dra. Andréa Costa, do Museu Nacional de Itatiaia, e Dra Lynn Gail Clark (IOWA). "Para nós, foi um grandioso momento. Caminhamos muito para chegar até ela e, de fato, constatamos a situação frágil da pequena população da espécie", lembra.
Ele descreve a planta como uma espécie distinta, de estratégia de sobrevivência especial. "Inicialmente descrita como uma espécie sem folhas, em decorrência da ausência de regiões nodais no colmo (espécie de caule) externo, verificamos que não se tratava de uma espécie áfila (sem folhas), na realidade, a emissão de folhas acontece exatamente no ápice do colmo, cumprindo assim a função de realização da fotossíntese da lâmina foliar", explica.De acordo com o biólogo, caso as queimadas locais não a tenham transferido da lista de espécies endêmicas e ameaçadas para a lista das espécies extintas, os poucos exemplares ainda existentes da espécie estão localizados no ápice do Morro da Cuca na Área de Proteção Ambiental de Petrópolis. "Seria uma ação de conservação "in situ" de grande relevância criar um cinturão de proteção a esta espécie tão especial da flora de bambus brasileiros, já que não vejo nenhuma chance de sobrevivência desta espécie fora de seu ambiente natural", propõe.
Fonte: AMDA / Fórum de ONGs – Rede Mata Atlântica.