Refinaria de petróleo na Colômbia. Foto: Flickr/Aris Gionis (cc)
Relatório do Pnuma indica que o valor das trocas comerciais internacionais cresceu seis vezes mais e o seu volume mais que dobrou entre 1980 e 2010. A intensificação da extração de recursos afeta, principalmente, as nações em desenvolvimento.
Ao passo em que os países vêm se tornando cada vez mais dependentes do comércio mundial, com 40% dos recursos extraídos no mundo ligados direta ou indiretamente ao comércio, novas políticas são necessárias para tratar de impactos ambientais adversos, de acordo com novo relatório internacional divulgado no último dia 14.
“Comércio Internacional em Recursos: Uma análise biofísica”, produzido pelo Painel Internacional de Recursos (IRP, em inglês), organizado pelo Programa da ONU para o Meio Ambinete (Pnuma), revela que o valor das trocas comerciais internacionais cresceu seis vezes mais e o seu volume mais que dobrou entre 1980 e 2010.
O aumento do comércio vem sendo acompanhado por uma mudança nos processos de intensificação do uso de recursos, e associado as consequências ambientais para nações em desenvolvimento. O relatório examina as exigências de recursos do comércio, como materiais, energia, terra e água usadas no país que produz as mercadorias, mas que acaba deixando para trás resíduos e emissões.
“Os benefícios do comércio internacional podem incluir melhor acesso aos recursos e técnicas de produção ainda mais eficientes de economia de escala”, disse o diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner. “No entanto, o aumento do consumo global resulta, sobretudo, em um impacto ao meio ambiente, da poluição à extinção de recursos”.
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.