A expansão termal de oceanos e o degelo em montanhas na Groenlândia e na Antártica são alguns dos fatores da elevação. Foto: Ashley Dinges
Um estudo divulgado pelo Instituto Potsdam de Pesquisa sobre Impacto no Clima, da Alemanha, apontou que a cada aumento de 1ºC na temperatura do planeta, o nível do mar pode subir 2,3 metros e permanecer elevado durante séculos.
Anders Levermann, que é um dos autores da pesquisa, foi o primeiro a analisar as evidências da história do clima e combiná-las com simulações que contribuem para a elevação, a longo prazo, do nível do mar. A expansão termal de oceanos, o derretimento de geleiras nas montanhas e o degelo na Groenlândia e Antártica são alguns dos fatores utilizados.
Para o cientista os dados são sólidos devido à combinação da física com as informações utilizadas. “Achamos que estabelecemos pontos de referência sobre quanto o nível do mar vai subir com os aumentos de temperatura”, frisou à Reuters.
O planeta já sente algumas consequências das mudanças climáticas em relação aos oceanos. Groenlândia e Antártica, por exemplo, perderam quatro trilhões de toneladas de gelo nas duas últimas décadas devido ao degelo acelerado. O valor representa 20% da água que causou um aumento de 55 mm no nível dos mares nesse período, segundo um estudo divulgado no Science no final de 2012.
Além disso, o derretimento das geleiras que não estão localizadas nas regiões polares respondeu por 30% do aumento do nível do mar registrado entre os anos de 2003 e 2009. Alguns estudos projetaram a elevação do nível do mar para cerca de dois metros até 2100 – o fato resultaria no alagamento de amplas porções de terra, em lugares como Bangladesh e o Estado americano da Flórida, por exemplo.
Para que o pior não aconteça, líderes mundiais pretendem concluir um acordo climático universal até 2015 e colocá-lo em vigor a partir de 2020, na tentativa de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa (GEEs). Recentemente, os Estados Unidos e a China, os dois maiores poluidores do mundo, aceitaram desenvolver iniciativas sustentáveis para combater as alterações climáticas.
* Publicado originalmente no site EcoD.