Rebeca Grynspan na inauguração do Rio+. Foto: Unic Rio/Júlia Dias
Rio+, na zona norte do Rio de Janeiro, irá funcionar como um escritório internacional de excelência em políticas e práticas; direção do espaço será do governo brasileiro e do Pnud.
As Nações Unidas inauguraram nesta segunda-feira o Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, Rio+, que irá funcionar como um centro internacional de excelência em políticas e práticas no setor.
O espaço é um legado da conferência Rio+20 e está localizado na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro.
Troca de Conhecimentos
O escritório irá facilitar a pesquisa, o intercâmbio de conhecimentos e promover o debate internacional sobre o desenvolvimento econômico, social e ambiental. A proposta é integrar governos e sociedade civil.
A criação do centro foi possível graças a um aporte de US$ 4,5 milhões, ou R$ 9 milhões, arrecadados durante a Rio+20 em junho do ano passado. O Rio+ terá 26 parceiros em diversos níveis e será dirigido pelo governo brasileiro e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud.
Inovação
Durante a inauguração, o coordenador do Rio+, Rômulo Paes, falou à Rádio ONU sobre as metas do escritório.
“Nossa responsabilidade é trazer ideias que signifiquem inovação na maneira de trabalhar do setor privado e na maneira de trabalhar do governos. Então o que a população pode esperar do centro é ousadia, é responsabilidade com a mudança, é responsabilidade com a melhoria das condições de vida da população e do planeta. Nós estamos comprometidos em ousar, em trazer inovação para o debate.”
O Rio+ vai trabalhar quatro temas prioritários: clima, erradicação da pobreza, cidades e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que serão estabelecidos até 2015 para dar continuidade aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Redes Sociais
No Rio de Janeiro, a administradora-adjunta do Pnud, Rebeca Grynspan, ressaltou que o centro mundial é criado em um momento em que cidadãos se mobilizam por meio das redes sociais e vão às ruas manifestar desejos de mudança.
Na opinião de Grynspan, é “preciso entender que as redes sociais neste momento, os meios eletrônicos e o avanço da tecnologia permitem hoje em dia ter uma consulta cidadã muito mais ampla e poder ouvir as vozes dos cidadãos do mundo de uma forma diferente”.
A vice-chefe do Pnud lembrou que a agenda pós-2015 está sendo debatida não apenas por governos, mas por meio de consultas públicas que já receberam a contribuição de mais de 560 mil pessoas de todo o mundo.
Só no Brasil, mais de 16 mil pessoas apontaram suas prioridades de desenvolvimento, a maior contribuição registrada na América Latina.
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.