Água do mar, recurso renovável, pode produzir hidrogênio combustível. Foto: akk_rus
Cinco litros da água do mar são suficientes para abastecer uma casa de tamanho médio e um carro elétrico por dia. A afirmação parece inimaginável, não é mesmo? Mas cientistas da Universidade de Wollongong, na Austrália, desenvolveram uma nova maneira de transformar água do mar em hidrogênio, uma fonte de combustível sustentável, limpa e ilimitada.
A equipe de pesquisa do Centro de Ciências de Materiais Elétricos desenvolveu um catalisador que, com ajuda da luz, ativa a oxidação da água, o primeiro passo para a separação da água do mar para produzir hidrogênio combustível.
A equipe comandada pelo pesquisador Jun Chen (ao centro), com o catalisador. Foto: Divulgação
Uma das principais limitações das tecnologias atuais é que o processo de oxidação demanda mais energia de entrada do que realmente produz de combustível. A utilização de água do mar abundante tem ainda outro inconveniente como subproduto: o gás cloro venenoso.
Mas a equipe liderada pelos professorres Ju Chen e Gerry Swiegers produziu uma clorofila artificial em um filme plástico condutor que atua como um catalisador para iniciar a separação da água. A meta é produzir uma quantidade maior possível de hidrogênio com um consumo menor de eletricidade.
Descobertas e tecnologias
O polímero flexível permitiria uma ampla gama de aplicações. “O sistema que criamos, incluindo os materiais, nos dá a oportunidade de projetar vários dispositivos e aplicações que utilizam a água do mar como fonte de produção de energia”, explicou o professor Ju Chen à revista Chemical Science. “A natureza flexível do material também proporciona a possibilidade de construir dispositivos portáteis produtores de hidrogênio.”
Gordon Wallace, outro pesquisador concordou com o colega: “No mundo de hoje a descoberta de materiais de alto desempenho não é suficiente. Isso deve ser conjugada com a fabricação inovadora para fornecer dispositivos de alto desempenho prático e este trabalho é um excelente exemplo disso”.
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)