O sensor poderá ser utilizado por qualquer pessoa. Foto: Rafael Antony
Já imaginou poder analisar sozinho se a água que você vai utilizar é potável ou não? Em breve isso pode ser uma realidade. Pesquisadores brasileiros aceitaram o desafio de criar um nanossensor de baixo custo e fácil de usar, capaz de saber se uma amostra de água está limpa ou suja.
Intitulado de “sensor popular”, já que poderá ser usado pela população, ele será capaz de identificar a presença de três poluentes na água. São eles: Escherichia coli (bactéria responsável por graves problemas intestinais), metais pesados e glifosato (herbicida).
Os responsáveis pelo projeto são especialistas nas áreas de física, química e biologia. “Um dos fatos que provocou esse programa foi imaginar que a Amazônia é um ‘mar de água’ e que não é potável. A população ribeirinha também não sabe se pode beber a água”, disse o professor Ennio Candotti, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ao site Inovação Tecnológica.
O professor Celso Pinto de Melo, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), lembrou também a importância dessa tecnologia para a população brasileira que é castigada pela seca. Estas pessoas costumam andar quilômetros para conseguir um pouco de água sem ao menos saber a qualidade do que vai encontrar e consumir.
O pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, Carlos César Bufon, afirmou que os sensores nanoestruturados também poderão ser utilizados para avaliar a qualidade de resíduos industriais em águas de rios e lagos e do nível de contaminação da água por contaminantes biológicos, metais pesados e defensivos agrícolas.
* Com informações do site Inovação Tecnológica.
** Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)