Foco principal do projeto de Tóquio é a condução dos recursos hídricos essenciais de forma mais eficiente. Foto: antonioperezrio.com_Flickr Creative Commons
Enquanto o Brasil perde entre 37% e 42% de sua água tratada, devido a ineficácia do sistema, o que representa um prejuízo de R$ 7,4 bilhões por ano, a capital do Japão, Tóquio, tem dado o exemplo há cerca de uma década de como ser eficiente na contenção dos vazamentos relacionados ao recurso natural.
Tóquio tem um dos sistemas de água mais eficientes do mundo, desenvolvidos por meio da prefeitura local, segundo observaram os pesquisadores da Plataforma de Cidades Sustentáveis.
Seu método de detecção e reparação de vazamentos fez com que a quantidade de água desperdiçada caísse pela metade na cidade nos últimos dez anos: de 150 milhões para 68 milhões de m³ de água.
Seu foco no trabalho de reparação ajudou a reduzir drasticamente a taxa de vazamentos (20% em 1956 para 3,6% em 2006), assim como as emissões de CO2 (em torno de 73 mil toneladas por ano).
O foco principal do projeto de Tóquio é a condução dos recursos hídricos essenciais de forma mais eficiente, realizando, ao máximo, prevenção e reparação no início do vazamento, no intuito de buscar a maior eficiência possível.
Cronograma histórico:
• 1945: taxa de fuga de quase 80%;
• 1955: a taxa de fuga cai para 20%;
• 1980: adoção de novos tipos de canos no sistema hidráulico da cidade;
• 2002: início do programa para troca de canos antigos;
• 2008: quase 99% dos canos antigos da cidade foram trocados e a taxa de fuga caiu para 3,1%.
Resultados obtidos:
• Tóquio tem um dos sistemas de água mais eficientes do mundo;
• Queda brusca na quantidade de água desperdiçada (cerca de 50%), de 150 milhões para 68 milhões de m3, devido ao método de detecção e reparação de vazamentos.
O Dia Mundial da Água será lembrado na sexta-feira, 22 de março.
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)