O monitoramento no ecossistema visa retirar mais de 120 ilhas de taboas de espécie invasora (diferente da taboa nativa) que se enraizaram em vários locais dentro da lagoa diminuindo o espaço do espelho d’água, transformando a lagoa em brejo.
De acordo com o secretário tudo será feito dentro dos limites aceitáveis, devolvendo o espelho d’água e propiciando melhores condições de reprodução da fauna e flora aquática nativa, contemplando também a comunidade pesqueira. Ele informou o destino final da vegetação que está sendo retirada.
- As taboas retiradas são transportadas para a subsecretaria de Agricultura, com quem mantemos um projeto de compostagem (uma técnica aplicada para controlar a decomposição de materiais orgânicos) com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais que utilizaremos como adubo nos plantios – informou Vaz, explicando que a outra parte da taboa retirada na lua minguante ficará à disposição dos artesãos.
Características da taboa- O excesso de taboas é um indicador de poluição no ecossistema da Lagoa Imboassica, porque além de depuradora de águas poluídas, é altamente adaptável, chegando até ser considerada uma praga. “Quando a taboa exótica perde as suas funções ela diminui a diversidade de peixes, porque reduz a oxigenação; abriga animais nocivos como roedores; sedimenta a área, formando um brejo e diminuindo o espelho d’água, por isso, a Semma está retirando somente aquelas que perderam a sua função purificadora da água”, disse Rafaela Figueiredo, engenheira agrônoma da Semma.
Método de manejo - A remoção está sendo feita através de uma operação conjunta de barco e canoa. O responsável pela condução das taboas, o pescador Tio Jorge contou como é feita a operação. “Estamos levando as ilhas de taboa até a margem da lagoa, onde serão retiradas com ajuda de um braço mecânico e, após a seleção de mudas para contenção do asfalto, serão postas à secagem para posteriormente serem reaproveitadas em compostagem e artesanato. As ilhas colocadas na margem da Rodovia Amaral Peixoto irão servir de contenção, evitando a erosão do local”, disse.
Segundo ele, na remoção das taboas há ainda a preocupação com a fauna presente para que não haja nenhum prejuízo e com a flora, pois a taboa flutuante inibe outros tipos de vegetação.
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Por Lourdes Acosta
ASCOM/SEMMA