Fraudador do INSS é condenado a 14 anos de prisão
RIO - A Justiça condenou o ex-chefe da agência do INSS de Macaé Márcio
Gonçalves Pimentel à perda do cargo e a mais de 14 anos de reclusão em
razão de fraudes detectadas na concessão de 45 benefícios
previdenciários. Pimentel foi denunciado pelo MPF de Macaé por liderar
uma quadrilha especializada na concessão de pensões por morte com base
em falsos vínculos entre falecidos segurados do INSS e pessoas
cooptadas pelo grupo.
Ele desviou verba pública de 45 benefícios previdenciários, ao inserir
dados falsos no sistema da Previdência Social, aproveitando-se do fato
de ser chefe da agência. Somadas, as pensões ilegalmente concedidas
pelo servidor a viúvas e viúvos falsos cooptados pela quadrilha
representaram prejuízo de quase R$ 4 milhões para os cofres públicos.
As primeiras provas das fraudes na concessão dessas pensões foram
descobertas por força-tarefa do próprio INSS, que verificou que os
benefícios foram deferidos com base em certidões de casamento
falsificadas e em outros documentos falsos, sempre após longos
intervalos desde a morte do segurado. Pimentel chegou a ter sua prisão
provisória decretada no curso da Operação Cupido, mas tem garantido por
lei o direito de apelar em liberdade.
