No local, a equipe promoveu uma blitz ambiental de prevenção ao tráfico de animais silvestres, detendo vários ônibus do transporte coletivo provenientes da serra de Macaé, para averiguação. A operação contou com o apoio da Defesa Civil.
Segundo o coordenador de fiscalização ambiental da Semma, Ronaldo Lima, a revelação de que pessoas estariam capturando e transportando animais silvestres chegou à secretaria e logo em seguida foi formada a equipe com o objetivo de investigar a veracidade da informação e promover o flagrante de delito ambiental.
- Felizmente ninguém foi preso e também não flagramos pessoas portando animais silvestres. Mas a operação foi um sucesso, pela forma pacífica da abordagem e pela conscientização promovida. Essa denúncia é uma reação da sociedade contribuindo significativamente para as ações de preservação ambiental – disse.
Legislação - “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida, incorre em pena de detenção de seis meses a um ano, e multa”. É o que diz o artigo 29 da lei federal n° 9.605/98 que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Além dessa, a legislação municipal prevê também penalidades, através da lei 027/2001.
O chefe de Meio Ambiente da Guarda Municipal, Madson Nazareno, que participou ativamente da operação disse que muitas campanhas preventivas estão sendo feitas, entretanto, as pessoas insistem em cometer crimes ambientais, caçando e portando as espécies nativas.
- As campanhas estão aí, mas os crimes ambientais têm acontecido principalmente nesta época, propícia à caça de animais silvestres. Por isso, precisamos intensificar a fiscalização – pontuou.
Durante a ação, o guarda florestal da Polícia Militar, Carlos Vergílio revelou que uma média de 60 a 70 animais silvestres têm sido resgatados na região, em menos de um mês e encaminhados aos órgãos competentes. “Os animais que nos são entregues, nós os levamos aos órgãos como o Zoonit, o Ibama e o Cetas – Centro de Triagem Animal, localizado em Seropédica, que após a quarentena, solta-os na Mata Atlântica”.