MACAÉ: 2ª CIDADE DO RJ EM QUANTIDADE DE LATIFÚNDIO

A posição é mais que vergonhosa. A cidade de Macaé ocupa o segundo lugar no ranking do Estado em quantidade de terras de latifúndio. A informação, fornecida a partir de dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), coloca em números o que macaenses percebem ao andar pelas áreas distantes do centro urbano do município – terra parada, longe de ser aproveitada. De qualquer forma, no Incra há uma lista com uma série de áreas improdutivas para serem vistoriadas.

O que impede a desapropriação de algumas destas terras, além dos interesses dos grandes ruralistas de Macaé e do Estado, é a própria especulação imobiliária do município – a partir de seu inchaço populacional. Isso vai contra a grande demanda, confirmada pelo próprio MST, de sem terras na região do Norte Fluminense, em especial em Macaé. Na verdade, o que se reivindica é um espaço para trabalhar, plantar e morar que vá além das restritas beiras de BRs. O município com maior latifúndio no Estado é Campos dos Goytacazes.

Enquanto isso, na cidade do Rio, na primeira reunião de solidariedade “Somos Todos Sem Terra” em 2010, ocorrida no início de fevereiro, representantes do MST e de outros movimentos sociais começaram a definir estratégias e um calendário de lutas. Lançado com atos em capitais há dois meses, o movimento tem por objetivo reagir à campanha sistemática da grande mídia, em aliança com a bancada parlamentar do agronegócio e sua CPMI do MST, que tentam criminalizar a luta pela Reforma Agrária e os movimentos populares em geral.

Foi ponto de partida para o surgimento do “Somos Todos Sem Terra” a manipulação, comandada pela Rede Globo de Televisão, dos fatos ligados à ocupação por sem terra de uma fazenda da fábrica de sucos Cutrale no interior de São Paulo, seguida da criação da CPMI. O MST comemora a libertação de sete sem terra que eram mantidos presos em São Paulo. Mas, no Rio Grande do Sul, a situação permanece crítica. Atualmente, sete militantes e dirigentes do MST estão presos naquele estado, tendo sido denunciados pela Procuradoria com base na Lei de Segurança Nacional. Foram criadas pelo Ministério Público estadual quatro zonas de emergência na zona rural gaúcha, onde o MST sequer pode circular, mesmo tendo o movimento arrendado terras – um dos fazendeiros que arrendou terras aos lavradores responde a processo.

Os ativistas elegeram o Fórum Urbano Mundial, entre os dias 22 e 26 de março, na zona portuária do Rio, como data e local das primeiras manifestações de rua da campanha. Para acontecer paralelo e em espaço físico próximo ao Fórum Urbano, reunindo chefes de Estado, o FSM e outros setores das esquerdas estão organizando o Fórum Social Mundial Urbano. Esse Fórum deverá contar com militantes do “Somos Todos Sem Terra” em mesas de debate. A campanha deve produzir material de propaganda, como camisetas com mensagens em solidariedade aos sem terra, e buscar apoios ao MST nos meios intelectual, jurídico, artístico, entre ativistas das mais variadas causas populares, jornalistas e na comunidade internacional. O objetivo é conquistar reconhecimento à luta pela Reforma Agrária na sociedade brasileira e somar forças para a disputa ideológica contra o agronegócio e a mídia.

(*) Por Guilherme Póvoas - Jornalista, Assessor do Vereador Danilo Funke(PT) e militante da JPT - Juventude do PT.
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