A ABENE – Associação Brasileira de Estudos e Necessidades Especiais – realizou mais um evento de inclusão social através do esporte e levou a Sampaio Correia, Saquarema, portadores de necessidades especiais para experimentarem a sensação de voar de parapente na Escola de Vôo Livre “QG do Voo Livre”.
Após uma subida de 440 metros que é feita em pick-up com tração nas quatro rodas, a equipe da abene e os instrutores chegaram ao local onde seria realizado o salto. A direção do vento era quadrante sul e determinou que o salto fosse realizado na rampa 2.
O cadeirante, Flavio Barreto foi o primeiro a saltar. Em menos de dez minutos já estava no ar desfrutando da maravilhosa paisagem e da sensação única de voar. Logo após, saltou Marcelinho, portador de síndrome de down, com seu instrutor.
Raquel, deficiente visual que realizou um sonho antigo, gritava no parapente ao saltar: “Estou voando!”.
Foram 40 minutos de voo, observando uma linda paisagem, com o mar ao fundo e toda a vegetação nativa. Por diversas vezes os instrutores rodopiaram o parapente em busca de “térmicas” que fizessem o parapente ganhar altitude, tudo filmado por uma câmera que cada saltador carregava.
O pouso foi no campo de feno, a beira da estrada, onde uma equipe técnica estava à espera dos saltadores para levá-los ao “QG do voo livre”.
Ao chegar ao solo, Marcelinho queria voltar e saltar de novo.
“É lindo lá em cima. Em evento desse tipo é que a gente percebe que a nossa limitação não deve ser o nosso limite”, disse Flavio ao pousar.
ABENE é uma entidade sem fins lucrativos que promove ações de inclusão social com pessoas com necessidades especiais. Maiores informações no site: www.abenebrasil.org.br ou pelo número (22) 7811-5852.
No sábado, dia 05 de setembro de 2009, Guilherme Costa, 17 anos, morador de Brasília, tetraplégico devido a uma lesão medular procurou a equipe da abene para que ajudasse a realizar seu sonho de surfar. Depois de algumas orientações do professor de surfe, Carlos Henrique Oliveira Macedo, Guilherme surfou pela primeira vez nas águas da praia do forte.
“Foi a realização de um sonho. Foi bom demais! Nunca vou esquecer isso!”, disse Guilherme ao sair da água, sob os olhares de seus pais que não paravam de chorar de emoção.
