Esta foi a segunda edição do Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato. Criado em 2006, o prêmio tem como objetivo reconhecer e valorizar o trabalho realizado por artesãos de todo o País, selecionando as 100 unidades produtivas mais competitivas do Brasil. Nesta edição, foram registradas mais de três mil inscrições. A avaliação dos trabalhos concorrentes considera itens que vão além da estética dos produtos, tais como: grau de inovação dos produtos, adequação econômica, adequação ergonômica dos postos de trabalho, adequação ambiental, eficiência produtiva, adequação cultural e logística, práticas comerciais, responsabilidade social e gestão estratégica.
Na fase inicial, o Grupo Tabua de São Francisco apresentou três peças: uma bolsa, uma almofada e um cesto, todas confeccionadas com a fibra da tabua – planta aquática, facilmente encontrada em brejos, manguezais, várzeas e outros espelhos d’água. A agenda de eventos do Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato incluiu ainda duas Rodadas de Negócios, ocasião em que os artesãos realizaram encontros, de até 20 minutos cada, com potenciais compradores:
“Fechamos uma grande encomenda de brindes para uma instituição bancária e mantivemos contatos comerciais com empresas de Brasília, São Paulo, Alagoas e cinco lojas do Rio de Janeiro”, informou Shirley Jardim, representante do Grupo Tabua de São Francisco.
Para maximizar as possibilidades de negócios, foi feito um cruzamento de informações entre ofertantes e demandantes. As empresas foram analisadas por critérios como a localidade: o número de lojas e de consumidores e experiência na área. O levantamento das unidades, além dos produtos, também levou em conta o tipo de técnica e material utilizados e a capacidade produtiva.
“Foi uma grande oportunidade para nosso grupo. Estamos todas muito orgulhosas com a premiação, que é o reconhecimento de um processo de muita luta, e de um trabalho feito em parceria. Devemos muito à Petrobras, que nos apoia através do Bazar Social, divulgando nosso trabalho e estimulando nossa produção. Nada disso estaria acontecendo se não tivéssemos o incentivo desta empresa”, afirmou Shirley.
Bazar Social Itinerante
O Bazar Social Itinerante começou em 2004, ano em que comunidades de Rio das Ostras e Campos, incentivadas pelo Voluntariado Corporativo Petrobras, passaram a desenvolver suas habilidades artesanais. Aquelas seriam as primeiras as primeiras localidades onde o grupo de voluntários, formado pela força de trabalho da Petrobras, aplicaria os recursos direcionados pelo então Programa Petrobras Fome Zero para desenvolver projetos de geração alternativa de trabalho e renda.
A atuação do Voluntariado Corporativo expandiu-se e, já no ano seguinte, foram incluídas comunidades de Macaé e Quissamã. A diversidade dos produtos era grande. Mais uma vez, o Voluntariado atuou de forma a valorizar o trabalho daquelas mulheres, expondo os produtos em eventos realizados ou apoiados pela Petrobras.
Os resultados começaram a aparecer. A produção começou a crescer, e a preocupação passou a ser o escoamento daqueles artigos. Foi então que surgiu a ideia do Bazar Social, tendo sido a primeira experiência em dezembro de 2006.
A partir daí ficou evidente a necessidade de expandir a iniciativa e, para isso, foram convidadas as empresas parceiras da Petrobras e entidades públicas que, prontamente, abriram suas portas para a itinerância que vem resgatando a cidadania e contribuindo para melhorar a qualidade de vida de várias famílias. Assim, em 2007, o Bazar Social se tornou Itinerante. Recentemente, dois outros grupos de artesãs foram integradas ao grupo: a Fundação Joanna de Angelis – que atende adolescentes grávidas residentes em Rio das Ostras, e Caminhos de Barro, de Campos dos Goytacazes. Em 2008, as vendas do Bazar Social Itinerante totalizaram R$ 33,5 mil.