Artesãs participaram de cursos e fundaram uma cooperativa
As artesãs que fazem parte do Programa Bazar Social Itinerante da
Petrobras na Bacia de Campos têm muito a comemorar. Em 2008, elas
fecharam o ano com um saldo de R$ 33,5 mil em vendas geradas com a
comercialização de suas peças em 23 exposições das quais participaram
com apoio da Petrobras. Só em dezembro, quando aconteceu o bazar
natalino na base da empresa em Imbetiba (Macaé), foram R$ 17,8 mil em
vendas, valor 16% maior quando comparado com o resultado do mesmo mês
em 2007.
Os recursos gerados com a venda das peças é um dos resultados da iniciativa voluntária da Petrobras, cujo objetivo é contribuir para a criação de alternativas de renda para as artesãs, que são de comunidades de pesca artesanal e outras comunidades de risco social da área de abrangência da Bacia de Campos. “Lá em casa temos dois filhos e um neto, e a renda que ganhamos com o Bazar ajuda muito no sustento da família. Tem uma artesã que juntou o dinheiro e até conseguiu comprar um pequeno terreno para ela”, conta a artesã de São Francisco de Itabapoana, Shirley Jardim.
Segundo Shirley, só em 2008, foram cerca de 10 mil peças vendidas pelo grupo de artesãs do município que participam da iniciativa. “Faço artesanato há 15 anos, mas quando passei a participar do Bazar Social as coisas mudaram muito. As pessoas conheceram mais nosso trabalho e já temos muitos clientes fixos e lojas que sempre nos ligam para fazer encomendas”, avalia.
Programa também promove treinamentos e estimula o cooperativismo
Além da geração de renda, o programa também promove cursos de capacitação para estimular o desenvolvimento das artesãs e incrementar os resultados do trabalho realizado. Em 2008, foram três cursos: gestão em jogo – planejamento e empreendedorismo; oficina de reaproveitamento de garrafas pet; e técnicas de pintura com estêncil.
Outro resultado positivo do Bazar Social em 2008 foi o início do processo de fundação da Coopeaf – cooperativa de artesãs e mulheres de pescadores de Figueiras, distrito de Arraial do Cabo. A iniciativa foi uma ação espontânea do grupo que conta com 22 artesãs e produz peças feitas com escamas de peixe e fibra de taboa. O objetivo, segundo elas, é atender pedidos maiores e que necessitem de nota fiscal. “O processo está em andamento e já temos lugar para a nossa futura sede, que está em reformas. A expectativa é que assim que a parte burocrática da criação da cooperativa seja finalizada, a gente possa pegar novas encomendas”, explica a futura presidente da Coopeaf, Rosemary Pereira.
O Bazar Social Itinerante teve seu primeiro bazar oficial em 2006, nas dependências da Petrobras em Macaé. Graças ao sucesso daquela edição, a iniciativa conquistou a parceria das empresas prestadoras de serviço à Petrobras na região, que também recebem o bazar em suas instalações ao longo do ano. Ao todo, o programa conta com 50 artesãs de cooperativas e projetos sociais em Campos dos Goytacazes, Macaé, Arraial do Cabo, São Francisco de Itabapoana, Quissamã e Rio das Ostras.