Grupo SIM atua em Macaé há mais de 3 anos

Grupo mineiro envolvido em esquemas de corrupção em várias cidades do Brasil, também possui contratos com a prefeitura e com a câmara de Macaé.


Especialista em gestão fiscal do Grupo SIM (esquerda) e o Sr. Jorge Aziz no curso de Formação de Pregoeiros e Registro de Preços que aconteceu em Macaé para os funcionários da prefeitura.
O grupo mineiro responsável por contratos milionários em vários municípios dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, atua há mais de 3 anos no município de Macaé. Vindo para a cidade de Macaé a convite do Sr. Jorge Aziz, atual presidente da FUNEMAC e ex-secretário de Planejamento da Prefeitura de Carapebus. 

Grupo SIM na Câmara de Vereadores de Macaé

Vereador Maxwell Vaz

Com o intuito de “modernizar a gestão”, a Câmara contratou o grupo mineiro para modernizar a administração da câmara. No dia 19 de abril de 2007, o primeiro secretário e vereador Maxwell Vaz recebeu o Sr. Sinval Drumond de Andrade e outros membros do grupo no plenário da câmara onde foram apresentadas as propostas gerais da empresa “A Sim, que conta com 230 profissionais especializados em diversas áreas e 18 anos de experiência no mercado, sugeriu atuação em: tecnologia de sistemas; capacitação progressiva; otimização de processos e fluxo; controle; pesquisa, e suporte de orientação e acompanhamento.” Fonte: site da câmara de vereadores.

Sinval elogiou o relatório descritivo da atual gestão da Câmara, elaborado por Vaz, quando explanava para os procuradores do legislativo e funcionários da secretaria. “Agradeço a postura ética e autêntica do vereador”, disse. Maxwell Vaz, que considera esse tipo de metodologia importante para a modernização do legislativo, que é uma das propostas da mesa diretora, avaliou que as sugestões apresentadas atendem à expectativa da administração.” Fonte: site da câmara de vereadores.

Conhecendo o Grupo SIM

O Grupo SIM, desde que mudou sua natureza jurídica, de empresa comercial para entidade sem fins lucrativos, em dezembro de 2002, fechou em Macaé contratos com a FUNEMAC e com a Câmara de Vereadores, todos os contratos sem passar por qualquer tipo de licitação. O Grupo SIM foi alvo da Operação Pasárgada, da Polícia Federal, que desbaratou um esquema de fraudes para a liberação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de maneira irregular.

De acordo com o relatório da PF que embasou a segunda etapa da operação, batizada de De Volta para Pasárgada, o grupo sempre foi contratado pelas prefeituras por meio de dispensa ou inexigibilidade de licitação. Para a PF, além de ter agido de má-fé ao modificar a natureza jurídica da empresa, o Grupo SIM garantia aos seu clientes que “os contratos celebrados através de fraudes, por descumprir normas e princípios constitucionais e a Lei 866/91 (Lei de Licitações), não seriam questionados pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE), por estar o grupo infiltrado dentro daquela casa”.

A transformação do Grupo SIM em entidade sem fins lucrativos foi orientada pelo advogado Marcelo Abdala. “Mudando apenas a fachada da empresa com fins comerciais para empresa sem fins lucrativos e com os antigos sócios assumindo, formalmente, a função de diretores, o Grupo SIM continuou prestando serviços para as prefeituras, sendo contratado sob o fundamento do inciso XII do artigo 24 da Lei de Licitações”, afirma a PF. Esse inciso dispensa a realização de licitação na contratação de instituição de pesquisa.

Na semana passada, a PF fez busca e apreensão na sede da instituição e prendeu preventivamente dois dos principais diretores da empresa, Nilton Aquino Andrade, ex-inspetor do TCE, e Sinval Drumond de Andrade. Também foi preso o auditor do TCE, Edson Arges, responsável pela elaboração de pareceres técnicos e substituto natural dos conselheiros quando há algum motivo de impedimento para que algum deles possa atuar nas sessões de julgamento. Ele é acusado de ser o operador do Grupo SIM dentro do tribunal, que em 2004 aprovou uma decisão que não impede o grupo de ser contratado com dispensa de licitação para a “prestação de serviços singulares”.

Em cartilha de apresentação às prefeituras para vender seu serviço, o Grupo SIM cita diversas vezes – inclusive recorrendo ao dicionário Aurélio, para explicitar a definição da palavra – a “singularidade” de seus serviços e sua notória especialização, também reconhecida pelo TCE na decisão de 2004. Além de Arger, o presidente do tribunal, Elmo Braz, de acordo com a PF, é suspeito de acobertar as fraudes.

Uruguai

Por ser uma entidade sem fins lucrativos, o Grupo SIM não pode remunerar seus sócios, por isso os salários recebidos por eles são pagos por uma empresa chamada 3D Participações, responsável pelos softwares usados pelo instituto. A 3D Participações pertence a Nilton de Aquino Andrade e Sinval Drumond. Por meio dessa empresa, Nilton Aquino Andrade, que é diretor-presidente do Grupo SIM, recebe remuneração de R$ 70 mil por mês. Os dois também são sócios das empresas Silverclub e Tevali SA, duas empresas offshore (empresas constituídas em paraísos fiscais), sediadas no Uruguai. “Infere-se que essas empresas foram constituídas com o intuito de remessa de lucros do Grupo SIM para o Uruguai”, afirma a Polícia Federal no seu relatório de investigação.

Crítica

A cidade de Macaé está diante de mais um escândalo, que infelizmente, marcará a sua história. Aonde estava, durante todo esse tempo os homens que foram a público dizer que haviam colocado o prefeito de Macaé no coração, que viam nesse prefeito o lado bom da política. Onde estiveram o PT, com seu falso moralismo, que a tudo assistiam e nada disseram da roubalheira dos dinheiros públicos praticados pela gangue do chefe do executivo.

Por fim, onde está aquele da elite de Macaé, useiro em tirar proveito das safadezas do prefeito? Sim, aqueles que permutaram terrenos da prefeitura e deram propinas para o Prefeito; sim os empresários que negociaram na calada da noite para não ter concorrente; as dragas que dragam na realidade somente o dinheiro do povo de Macaé; os milhões de Reais gastos em propagandas mentirosas, recursos esses que serviriam para melhorar os bairros de Macaé.

Mentiras, hipocrisias, arrogância, humilhação, roubalheira. Fico muito constrangido de ver nosso povo humilde e trabalhador, sendo enganado e subjugado pelas mazelas dos politiqueiros que infestam o cenário da política nacional o povo brasileiro não merece mais ser roubado desta forma. A Polícia Federal está colocando todos os canalhas na cadeia, ainda faltam muitos aqui em Macaé.

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