A satisfação do empresário com o crescimento de suas mudas
Depois de tantas agressões ambientais em Macaé ao longo das administrações recém- passadas, como a total devastação da bela restinga do Balneário Lagomar (entrada do Parque Nacional de Jurubatiba), do aterramento de grande extensão da margem do rio Macaé e da ocupação de manguezais, agora é a cidadã Nazaré Magalhães quem expõe sua indignação contra alguns projetos em curso na cidade. Chegamos até a dar espaço aqui em O Rebate para suas denúncias, mas, como em toda polêmica há dois lados, resolvemos conhecer melhor o projeto do jovem empresário macaense Evaldo Costa, um Polo Logístico na Fazenda Arizona, visto e denunciado como uma iniciativa “em total confronto com a legislação urbanística do município, que determina esta região como Macrozona de Ambiente Natural...”.
Para nossa surpresa, felizmente o cenário exposto pela denúncia é outro, não reflete a realidade do projeto que o empresário vem realizando ali ao lado do trevo da BR-101 com a RJ-168. À base de um belo maciço rochoso coberto de densa mata, onde havia apenas vegetação rasteira e capinzal, o empresário iniciou seu projeto já pensando no meio ambiente, plantando cerca de 10 mil espécies de árvores de nossa região, inclusive muitas fruteiras, que em futuro próximo serão atrativos para aves e animais. Para conter a força das águas pluviais que se precipitam de alguns elevados criando profundos sucos, sua equipe plantou muitas gramíneas e arbustos nas encostas, além de construir canaletas e instalar manilhas de um metro de diâmetro.
Evaldo diz a O Rebate que plantou cerca de dez mil mudas aqui
Empolgado com seu projeto, que segue orientações legais, mas decepcionado. disse ele: - “Confesso que me senti profundamente triste ao tomar conhecimento da acusação que me imputa um crime ambiental, um destruidor da natureza, que tanto aprecio e amo. Nascido nesta bela terra, com uma história familiar empreendedora de longa data, quando a economia de Macaé se sustentava apenas na produção de açúcar, já em processo de decadência, e num pequeno comércio, tal acusação causa um grande desconforto no seio de nossa família, porque não somos como aventureiros, sem nenhuma identidade com nossa tradição, atrás da sedutora riqueza gerada pelo petróleo de nossa costa. Ao contrário, queremos perseguir um sonho do meu pai, que infelizmente não pôde realizar porque faleceu tragicamente ainda jovem, aos 41 anos: um projeto que seja admirado pelos macaenses e por visitantes, não objeto de especulação. Basta ver o investimento que estamos fazendo no preparo do local, que mostra nossa sensibilidade em relação ao meio ambiente, tanto pela sua recuperação natural como pelo seu embelezamento. Portanto, gostaria de ser visto não como um destruidor, um irresponsável em relação ao meio ambiente, mas como um empreendedor que ama sua terra e que cuida bem dela.
A preocupação com o meio ambiente não deixa dúvida
Embora o país esteja passando por um momento difícil. Evaldo mostra-se otimista, acreditando num cenário mais promissor à frente. Com orgulho, gosta de lembrar da dedicação do seu pai à frente dos negócios do seu avô Elpídio Costa, que vem lá da década de 1940 com seu refinado faro comercial, ajudando a então pacata Macaé a se desenvolver. Fez questão de frisar que quer ver sua amada cidade cada vez mais bela e aprazível, e que esse seu seu projeto logístico vai ser um espaço que sirva de apoio à complexa e crescente mobilidade urbana de hoje.