Federico Felini dizia que americanos deturparam a pizza com essa história de catchup e mostarda e outras tantas variações, frango, determinados tipos de queijo não italianos e assim por diante. Chegou a travar uma discussão séria sobre o assunto com o escritor Gore Vidal.
A atriz Marlene Dietrich chegou a irritar norte-americanos quando declarou que "comida com catchup não é comida, é catchup e tem um gosto horrível".
Em Nápoles há exigência de documento de controle de qualidade e os napolitanos querem que vire lei, tal e qual a que protege vinhos de boa qualidade em toda a Europa.
Existem registros em que o escritor francês Alexandre Dumas (OS TRÊS MOSQUETEIROS, O VISCONDE DE BRAGELONE, etc) comenta sobre pizzas. Em Portugal a palavra tem um só "z".
Os norte-americanos se entopem de pizza e sanduíches de hambúrgueres repletos de catchup e mostarda, exportam a moda para o mundo inteiro e colocam em risco a paz mundial. Sem exagero.
É comum um cidadão subir no alto de uma torre, invadir uma universidade, uma escola, um escritório e disparar contra tudo e todos em nome de Deus, por vingança, ou para salvar o ideal norte-americano de democracia. O modelo Sarah Palin, ou George Bush. Lê livros de cabeça para baixo.
Segundo o deputado Allen West "Deus fez o mundo à sua semelhança. Devemos acabar com aqueles que se opõem a Ele banindo todos esses livros e estudos maltrapilhos que atentam contra a pureza da família". Repete palavras do reverendo evangelista Mattew Simmons, principal animador dos comícios do Partido Republicano.
O alvo é o projeto de saúde do presidente Barack Obama, considerado "ameaça comunista", pelo tal deputado. A reforma do sistema de saúde é "um ato antiamericano, pois tem um verniz socialista, favorece as classes mais pobres e limita o enriquecimento das companhias de seguro". É a opinião do parlamentar.
Nessa escalada do terrorismo nazi/sionista que toma conta do mundo inteiro os livros da escritora Isabel Allende, residindo há 40 anos na Califórnia foram banidos das escolas públicas do estado do Arizona, onde volta e meia John Wayne fazia incursões para defender rancheiros (latifundiários) ameaçados por criadores de ovelhas.
Vários outros escritores tiveram seus livros banidos dessas escolas. É lei aprovada pelo congresso estadual, "o ensino de estudos que promovam a derrubada do governo dos Estados Unidos, o ressentimento contra raças ou classes sociais, estejam orientados para alunos de um determinado grupo étnico e alimentem a solidariedade entre raças em vez do tratamento de estudantes como indivíduos".
Parece até a GLOBO no afã de parecer integrar enquanto aliena e desintegra.
A professora Brooke Harris, de Michigan, foi demitida após solicitar autorização para uma campanha em favor da família de Trayvon Martins, um jovem negro assassinado por um latino, isso na Flórida, palco da fraude que elegeu Bush em 2000. Em 2010 um tribunal de apelações em Cincinnati, no estado de Ohio, palco da fraude que reelegeu Bush em 2004, confirmou a demissão de outra professora, Shelley Evans Marshall que recomendou aos seus alunos que estudassem a lista da Associação Norte-americana de Bibliotecas com os 100 livros banidos e mais questionados. E mais, que escrevessem um ensaio sobre a censura.
Uma pesquisa recente feita entre estudantes de nível médio e superior dos EUA mostrou que mais de 70% não têm idéia que a Nicarágua está na América Central, bem próxima aos EUA.
Uns a colocaram na Ásia e muitos ainda acreditam que é preciso tomar cuidado quando visitam o Brasil, com a perspectiva de serem picados por cobras em plena Copacabana.
Sobre a estupidez do campo de concentração de Guantánamo nada. Sobre o muro que separa a fronteira com o México nada. Sobre o genocídio que Israel comete contra palestinos nada.
Um filme que costuma ser exibido nos canais de tevê paga no Brasil mostra como Sarah Palin foi preparada para ser a vice do candidato John McCain, derrotado por Obama em 2008. Não conta que os marqueteiros de campanha instruíram a então governadora do Alasca a aparecer sempre com saias que permitissem que os contornos de seu corpo fossem imaginados pelos eleitores e suas pernas em boa parte estivessem à mostra.
Fator decisivo para tentar eleger o republicano. Não conseguiram, mas as pernas de Sarah Palin continuam percorrendo o país e unindo a extrema-direita. Um dos cartazes distribuídos pela assessoria da ex-governadora mostra um alvo com os nomes dos democratas considerados "comunistas". Uma deputada foi baleada por um dos seguidores das pernas de miss Palin.
Milt Romney, candidato republicano a presidência nas eleições deste ano, já anunciou que se eleito revoga o projeto de saúde aprovado por Obama.
Nos EUA não há controle da propaganda eleitoral como no Brasil. É possível um candidato chamar outro de estúpido e ficar por isso mesmo. Clinton chamou Bush pai de estúpido num debate nacional. Kennedy espalhou um cartaz pelo país inteiro com o retrato de Nixon chamando-o de vigarista e perguntando ao eleitor se compraria um carro usado do candidato republicano.
Imagino que marqueteiros concebam farta distribuição de pizza com catchup e mostarda na tentativa de seduzir eleitores a entupirem seus cérebros e banirem livros das escolas públicas, aqueles que não estiverem de acordo com a canção "o enforcaremos numa macieira azeda".
Era o cântico dos evangélicos no famoso julgamento do macaco quando um professor foi acusado de ensinar a teoria de Charles Darwin a seus alunos. Acabou não dando em nada. A parte sadia do país indignou-se e a história está contada no filme ‘O VENTO SERÁ SUA HERANÇA".
Um simples depoimento de um republicano que disputara a presidência três vezes e perdera as três eleições.
Clarence Darrow, notável advogado quis saber que se Deus criou Adão e Eva que geraram Caim e Abel e Caim matou Abel, depois seguiu para o leste e encontrou Noah, quem criou Noah?
O mundo desabou, catchup e mostarda naquele tempo eram produtos artesanais. Não podiam ser comprados às toneladas em supermercados.
Os EUA nunca saíram do puritanismo hipócrita de seus pregadores. Isso a despeito de figuras notáveis em sua história. Mas até nerds estão ameaçados na nova onda de macartismo, a extrema-direita montada em bomba atômica texana.