À falta de possibilidade e também da originalidade de um cavalo, os gregos decidiram presentear Tróia/União Européia com um bode. O mamífero em questão, desconhecido da grande maioria dos banqueiros alemães, franceses, britânicos, etc, coloca em risco os paladares apurados desses criminosos e dificilmente o rei da Espanha vai conseguir mais caçar elefantes ou búfalos, pagando por animal abatido. O rei em si é uma figura animalesca. E grotesca no papel de filhote de Franco.
O sonho de um Reich disfarçado de democracia que costuma acometer a governantes alemães se desvaneceu na derrota de Nicolas Sarkozy, o colaboracionista de Ângela Merkel e no resultado das eleições na Grécia.
Os gregos disseram não ao pacote de austeridade decidido entre os donos da União Européia e o governo pústula produto da aliança entre os socialistas e conservadores.
A perspectiva de fracasso do líder do SYRIZA, de esquerda radical – como se define – ter êxito na tarefa de formar um governo é grande e esse impasse, um Parlamento fragmentado pode levar o país a novas eleições em junho. Desde já o SYRIZA se mostra como franco favorito.
Conservadores e socialistas tentaram a coalizão, mas não conseguiram. Os cassinos do capitalismo, as bolsas de valores, principalmente na Europa Ocidental, foram para o brejo nesses últimos dias e dificilmente algum banqueiro terá tomado seu lanche matinal com alguma tranqüilidade.
A eventual vitória do líder do SYRIZA em novas eleições, Alexis Tsipras, é o bode que a União Européia vai ter que enfrentar.
O líder do partido já disse que se for primeiro-ministro, vale dizer, se formar um governo, vai se orientar, basicamente, pelo resultado das eleições e “o veredicto popular claramente torna o acordo de resgate nulo”.
A mídia grega, cada já começou a vender a idéia que o país marcha para uma catástrofe – editorial do jornal KATHIMERINI.
Alexis Tsipras disse a jornalistas de veículos de toda a União Européia, que pretende formar um governo de esquerda para renegociar o plano de saneamento da economia do seu país com os credores. São dois os grandes credores. O FMI, além da UE.
E mais, que vai aliviar as medidas de austeridade e pedir que parte da dívida grega (aquela que os banqueiros enfiam goela abaixo, como fizeram no Brasil, na mágica dos juros, spreads, etc) seja anulada.
Quer controle estatal sobre os bancos e considera que uma Comissão Nacional deve investigar a dívida para dizer se é legal ou não.
O bloco liderado pelo partido no Parlamento tem maioria aritmética, 151 deputados contra 149 dos boys dos banqueiros e corporações alemãs, francesas e norte-americanos (a Grã Bretanha está embutida aqui, é colônia dos EUA). É um desafio que vai durar até quinta-feira, formar ou não um governo, mas a certeza que uma nova eleição dentro de trinta dias pode significar a vitória de seu partido e assim, a certeza de um governo com maioria mais tranqüila.
De qualquer forma o que ficou claro no processo eleitoral é que os gregos rejeitaram a submissão do país ao FMI, aos bancos da União Européia e plantaram um bode em Berlim, até porque, em Paris, as tropas alemãs começam a deixar a França depois da vitória do socialista François Hollande, mesmo que esse socialismo seja relativo, ou não seja.
O bode posto pelos gregos na sala de Ângela Merkel pode desencadear reações populares em países como a Espanha e Portugal e se Hollande for um blefe, pode fazer com que a França mergulhe numa crise semelhante à espanhola, ou quase, o que coloca em risco toda a União Européia.
É um continente afundando e mesmo com toda a pose de Margareth Teatcher a governante alemã Ângela Merkel pode também sair tosquiada. Merkel se esqueceu do bigodinho.
O bode grego ainda alcança Washington, onde Obama enfrenta outro bode não previsto. O julgamento dos “acusados” pelos “atentados” de 11 de novembro.
O que deveria ser um processo rápido e resultar na condenação a morte de todos eles pode vir a ser um processo de anos na justiça dos EUA e trazer a público toda a realidade que cercou o pós 11 de novembro, exibindo nas principais salas do mundo a barbárie e a boçalidade que caracterizam norte-americanos e suas “ajudas humanitárias”, ou “lutas pela democracia”.
Esse bode repercute nas eleições de novembro e como vai ser tratado pelos dois candidatos, Obama à reeleição e Milt Romney o republicano, é uma incógnita. Nos EUA a forma como os candidatos se posicionam depende do que vão dizer os marqueteiros, ou seja, não há preocupação com a verdade, mas com os efeitos especiais.
Pelo menos por enquanto, até porque a França afirmou através de setores significativos que o programa nuclear iraniano é pacífico, o Irã sai de cena.
Só deve voltar se houver necessidade de uma nova “guerra libertadora” para salvar o mundo do “terrorismo”.
O único terrorismo real e universal é o ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.