O MODELO ISRAEL QUE O BRASIL APRENDE NO HAITI

Breno Melo, ator principal de ORFEU NEGRO, prêmio de melhor filme estrangeiro no festival de cinema de Cannes em 1959 e dirigido pelo francês Michel Camus (baseado na obra de Vinícius de Moraes, ORFEU DA CONCEIÇÃO) era centro-avante do Fluminense Futebol Clube e reserva do histórico Waldo, que mais tarde foi para o futebol espanhol onde se consagrou e onde reside até hoje, a Espanha. Determinadas cenas foram dubladas pelo bi-campeão olímpico de salto triplo Ademar Ferreira da Silva.

Em toda a história do cinema brasileiro e não estaria ousando se dissesse mundial, tem uma das mais belas trilhas sonoras de todos os tempos.

“Manhã de Carnaval”, letra de Antônio Maria e música Luís Bonfá, por exemplo, foi uma das canções do filme.

Como foi uma produção franco/brasileira o primeiro filme brasileiro de fato a vencer o festival de Cannes foi O PAGADOR DE PROMESSAS, direção de Anselmo Duarte.

Não sei por que, mas tenho a sensação que se O HOMEM DO SPUTINIK fosse indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro teria levado de lambuja a estatueta. Norma Benguel no papel de Brigitte Bardot está plena de mistura da francesa com Jane Fonda, bem ao gosto de Vadim.

Oscarito e Grande Otelo uma forma só. Foram feitos e a forma jogada fora. A água não deu para Grande Otelo, Oscarito refestelou-se primeiro.

Imagine que uma professora de doutorado da UNICAMP – UNIVERSIDADE DE CAMPINAS – uma das mais conceituadas do País, recusa-se a aceitar que Oswald de Andrade tenha pertencido ao PCB – Partido Comunista Brasileiro – porque não conseguiu encontrar a carteirinha de membro do dito partido entre os documentos do escritor.

Putz cara! E dizem que a poluição é no Tietê.

Paulo Francis dizia que a pior poluição é a “acadêmica”.

O que isso tem a ver com o aprendizado dos soldados brasileiros no Haiti?

O BOPE, por exemplo. Foi gerado no ventre da repressão israelense a palestinos e exportado – o modelo – para todos os países dispostos a receber de braços abertos os enviados dos céus, EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, mais eficiente que PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR ROSS.

Outro dia ouvi de uma pessoa chegada que faz uso das ditas pílulas há trinta anos pelo menos e não tem problema de espécie alguma.

Quando voltam do Haiti as levas de soldados brasileiros, das forças armadas e das PMs além de terem aprendido corretamente a apitar nos sinais de transito quando esses enguiçarem – tanques americanos podem avançar sem risco de multas – evitando assim congestionamentos monstros, terão aprendido também como montar um BOPE  e descolar dois filmes capazes de levar – onde estiver – o ex-deputado e policial Sivuca ao delírio absoluto. A soma de todas as pulsões.

“Bandido bom é bandido morto”.

E tome Unidade de Polícia Pacificadora.

Na década de 60, século passado, criaram um negócio chamado OS HOMENS DE OURO DA POLÍCIA, no Rio, lógico, aptos a enfrentar e derrotar o crime organizado. Um deles era Mariel Mariscott. Terminou assassinado em condições misteriosas até hoje depois de achacar banqueiros de jogo de bicho querendo uma banca para si.

Flávio Cavalcanti, principal porta-voz da direita (o Boris Casoy da
época) levou o comandante do grupo, qualquer coisa Duarte para falar sobre polícia de boa qualidade séria, etc. Durou até a primeira propina, o primeiro achaque.

É claro que tem polícia honesto, como tem. Basta ver o sargento que ao tomar conhecimento do que ocorria na escola correu com dois outros companheiros sem pensar em riscos para enfrentar um louco que não deseja que “impuros” toquem o seu corpo.

A julgar pelos esforços da GLOBO, o assassino descende do tiranomuçulmanosaurorex, o maior predador que já habitou essas plagas que chamamos Terra e que Gagarin disse que era “azul”. “A Terra é azul”.

As armas que mataram doze crianças são de fabricação de uma empresa controlada por israelenses. Senhores absolutos do mercado de que tais no Brasil.

É só Patrícia Amorim não cismar de enfiar uma camisa do Flamengo em cada aluno da escola que ainda há salvação. Não pelo Flamengo, mas por Patrícia. Em toda caso Sérgio Cabral é Vasco.

FHC anunciou que o seu partido o PSDB deve desistir do “povão”. O artigo saiu em jornais ditos de grande reputação. Segundo o ex-presidente, os tucanos devem recuperar a classe média. O “povão” já era. A propósito de reputação é bom esclarecer que há dias serviu de gáudio para a turma um anúncio de moça que atendia em casa, hotéis, motéis e em local próprio, com excelente reputação e sem frescuras.

Com certeza, levando em conta o significado de boa reputação que usualmente nos vale, tem mais que FHC. Que, aliás não tem nenhuma. Nem má, simplesmente não tem.

Dois brasis correm paralelos um ao outro, lógico. Se vão se encontrar no infinito é outra história. Se por um acaso se desencontrarem pelos descaminhos do cosmo são outros quinhentos. Não tem um aí que quer revogar a lei da gravidade?

Lula levou essa história toda no bico. Dilma está se esmerando em erguer taças e não ter a menor idéia do que fazer. Dá a sensação que a montanha russa enguiçou e está de cabeça para baixo.

Deve estar esperando o planejamento estratégico de Moreira Franco, as ordens do “general” Jobim e lógico, as besteiras ditas pelo ministro Anthony Patriot que a mídia insiste em chamar de Antônio Patriota. Não é por acaso o sobrenome em relação à frase de Samuel Johnson. É pena, está purgando. Só pode.

O diabo desse modelo que o Brasil aprende no Haiti é que gera a sensação que está tudo nos conformes, dentro do figurino, nos trinques, mas desanda quando a presidente é questionada sobre direitos humanos na China. Nem precisava ir tão longe, bastava perguntar sobre os ditos direitos nos EUA?

Guantánamo.

Aí, levanta a taça e brinda. Como não fala chinês, Patriot explica.

A presidente e o ministro declararam através de porta-vozes ditos qualificados que a política externa não mudou nada. Continuamos usando sapatos. A embaixadora do Brasil no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, diz alto e bom som que “é preciso entender que a política externa mudou”.

Chama o guarda de trânsito no Haiti para dirimir a dúvida. Quem passa primeiro, o carro que quer virar à direita, ou o carro que morreu nas maquinações econômicas de mister Guido Mantecca?

Como diz Milton Temer (que entende muito do assunto), Barhein é um “porta-aviões dos EUA, ponto de concentração do petróleo, riquíssimo, então pode massacrar rebelde à vontade”.

Edir Macedo que abra os olhos, breve séria disputa com EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A em torno de quem tem acesso mais próximo a Deus, linha direta com o Criador. Ou como disse um humorista norte-americano, “dia desses o papa foi falar com Hitler, quer dizer, Hitler nos já engolimos, foi falar com...”

Tony Blair, por exemplo. Ou David Cameron, o homem que decidiu que “o multiculturalismo fracassou”.

Resolveu dar uma de Francis Fukuyama que decretou o “fim da História”.
Mergulhou em Nietzche, Kant, por Hegel (que começou com esse negócio), subiu no alto da estatua da liberdade e disse que o fim do socialismo e do fascismo (como se vê o cara é louco, “poluição acadêmica”, chame o BOPE!) o capitalismo e a democracia cristã e ocidental são o pontificado supremo da humanidade.

Tem monumento em Wall Street.

Tem que explicar direitinho esse troço tanto para os favelados do Rio de Janeiro, como para os famintos da África, do mundo inteiro e os “rebeldes” líbios, apavorados com os ataques “certeiros” da OTAN.

Quem tem amigos assim, OTAN,  não precisa de inimigos.

Não é que o apito de apitar trânsito nas ruas do Haiti seja diferente dos apitos brasileiros, nada disso. O trem está é num trilho que corre por baixo do pressuposto trilho principal e é por aí que FHC está mandando o “povão” às favas.

Em breve seremos a Israel da América Latina. É só aguardar. Está em fase de montagem.

Para que as coisas fiquem claras sugiro um debate entre os senadores Itamar Franco e Eduardo Suplicy, mediado por José Sarney. Kátia Abreu fica de juíza de ringue.

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