A expressão sugere que tenham, inclusive, incorporado o esquema de certificado de qualidade, ou marca registrada para diferenciar dos tucanos amarelos. Tucanos azuis por exemplo.
Documentos liberados pelo site WIKILEAKS mostram que o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais Marco Aurélio Garcia, que permanece no cargo, deitou falação para diplomatas e funcionários norte-americanos com comentários e críticas a países aliados do Brasil.
Serviço completo. Barba, cabelo e bigode.
Críticas a Fidel Castro, ao povo cubano, a Chávez, um relatório digno de um espião e com chancela de falastrão acoplado ao que anos atrás se chamava de ASPONE - ASSESSOR DE P... NENHUMA -.
Um cargo para um velho companheiro, nada além disso, mas um estrago sem tamanho na história do partido e um receio de mudanças na política externa brasileira, já que não é segredo para ninguém que o ex-chanceler Celso Amorim considerava com os íntimos que Marco Aurélio Garcia era um entrave a avanços expressivos, maiores que os obtidos, na sua presunção de grande pensador, estrategista, etc, etc.
Pavão puro.
Não chega a ser surpresa. Num congresso nacional do PT, em 1999, quando da tentativa de incluir discussão e debate político na pauta, reagiu afirmando que "isso é bobagem, o filiado nem tem idéia do que seja isso, minha base faz o que eu mando".
No dia sete de fevereiro de 2007 o "Assessor Especial" reuniu-se com o subsecretário de Estado dos EUA William Burns, o assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental Thomas Shannon (hoje embaixador no Brasil), o ex-embaixador Clifford Sobel e o assessor político William Mcllhenny para discutir temas envolvendo governos latino-americanos, especialmente Cuba e Venezuela e os presidentes Fidel Castro (à época) e Hugo Chávez.
Garcia estava de regresso de uma viagem a Cuba e foi apresentar seu "relatório" à embaixada dos EUA no Brasil.
Apontou as dificuldades de Fidel para voltar ao poder (saúde) e manifestou dúvidas quanto ao futuro de Cuba. Segundo o "relatório" de Garcia seria pouco provável que os cubanos conseguissem promover reformas a exemplo do que aconteceu na China, pois "a China é uma civilização, Cuba não é." E mais.
"Eles não têm a paciência, os recursos ou organização para emular o modelo chinês". Essa frase está textual num telegrama da embaixada ao Departamento de Estado em Washington, datado de 13 de março do mesmo ano de 2007.
Segundo Marco Aurélio Garcia Cuba não "teria vocação econômica, tendo sido incapaz de organizar sua indústria turística, capacidade medicinal ou outros setores produtivos em uma estratégia de produtividade ou auto-sustentação".
No relatório o "assessor" afirma que Cuba e Venezuela são mutuamente dependentes no curto prazo e cita o exemplo (petróleo por expertise - conhecimentos, consultorias), mas que a eventual morte de Fidel Castro vai deixar um vácuo que Chávez vai querer preencher "- está no documento oficial da embaixada enviado aos EUA).
Marco Aurélio Garcia chama o governo Chávez de "populismo estridente" e dá o pulo do gato, naturalmente um extra nesse meio do caminho. "Tem menos espaço para crescer do que vocês podem crer". Segundo ele, o "assessor", Chávez poderia ser neutralizado se houvesse outras possibilidades, ou os EUA acabassem com o embargo econômico.
"Não concordamos com o caminho de Chávez, não é o que escolhemos", logo deu uma tranqüilizada nos "amigos americanos".
Es(X)perto o embaixador atual dos EUA no Brasil propôs que aqui se trabalhasse para a "democracia" (deve ser a do campo de concentração de Guantánamo, ou do massacre de Tucson) e que seu país estava sendo cuidadoso em suas posições sobre a transição cubana, para evitar riscos. Sugere a Marco Aurélio Garcia que "se um governo de transição pudesse adotar passos concretos - por exemplo - liberar presos políticos - a reação positiva dos EUA poderia ser considerável".
E outro "conselho". "Mas outro país que não os EUA tem que pressionar os líderes cubanos nessa direção".
Não importa que determinadas posições de Garcia possam ser discutidas (não penso assim, pelo menos na forma que ele pensa, a base faz o que "eu mandar"), mas não é aceitável que um funcionário direto da Presidência da República emita conceitos como os que foram emitidos, ou fale o que falou a diplomatas estrangeiros, sabendo, como diz que sabe, que as políticas norte-americanas no geral e no todo, se opõem às pretensões do Brasil como potência emergente e potência real em curto prazo.
Não tem sentido e passa a não ter sentido a permanência de um "assessor" com esse perfil - vamos lá, vamos ser condescendentes - na função que exerce.
É um risco para o Brasil, a não ser que o governo tenha abdicado de projetos postos em prática pelo presidente anterior, Lula.
A julgar pelo Secretário Nacional de Assuntos Estratégicos, Wellington Moreira Franco, é válido pensar que Dilma reina e Jobim, Palocci e Garcia reinam.
Já o PT...
Tucano de bico azul a despeito de grupos resistentes.
São predadores por natureza.