O QUE VEM POR AÍ

O jornalista e professor Gilson Caroni destaca uma das muitas tentativas que ainda serão feitas na busca desesperada da REDE GLOBO de eleger José Arruda Serra presidente da República. A advertência é do jornalista Luís Nassif. Segundo Gilson, "farsa com cara de César Tralli".

"Provavelmente alguém seria apresentado como ex-companheiro de guerrilha arrependido, que, em pleno JORNAL NACIONAL, diria que Dilma participou da morte de fulano, ou beltrano. Choraria, na frente da câmera, como o José Serra chora. Aí a reportagem mostraria fotos da suposta vítima, entrevistaria seus pais e se criaria o impacto".

Em 2006, no desespero de evitar a vitória de Lula no primeiro turno montaram um dossiê falso atribuindo crimes ao partido do presidente. Foi ao ar na sexta-feira, ante-véspera das eleições.

Naquele mesmo dia, horas antes do JORNAL NACIONAL, um avião da companhia aérea GOL chocou-se com outra aeronave e perto de 150 passageiros morreram. Todos os jornais televisivos noticiaram o fato. Quer dizer, o JORNAL NACIONAL não. Deixou o principal fato jornalístico para depois do dossiê falso. Diminuiria o impacto.

Meses depois a GLOBO tentaria preencher a lacuna, digamos assim, dando destaque ao acidente com o avião da TAM no aeroporto de Congonhas, mas com severas criticas ao governo Lula.

Na opinião de William Bonner, editor e apresentador do JORNAL DA MENTIRA, o governo era o culpado pela falta de ranhuras nas pistas do aeroporto e na pressa de concluir obras.

Teve que sair de cena. A aeronave havia apresentado o mesmo defeito na véspera, reverso, muitos aeroportos mundo afora não tinham ranhuras em suas pistas e as investigações preliminares indicavam que a manutenção dada pela empresa era precária, uma das turbinas se incendiara durante o pouso.

Para salvar a pátria da GLOBO (não é o Brasil) a revista VEJA estampou em sua capa no fim de semana que o culpado por tudo fora o piloto (estava morto, portanto, indefeso).

Em 1989 o JORNAL NACIONAL editou o debate entre Lula e Collor favorecendo o candidato da REDE, Fernando Collor de Mello.

Em 2002, em chantagem clássica, tomou 250 milhões de dólares do BNDES numa operação para pagar dívidas da GLOBOPAR, ameaçando com a candidatura de Roseana Sarney. O presidente era FHC e o alvo da ameaça era a candidatura Serra. Resolvida a questão, inclusive aprovada a emenda que abriu as portas das empresas que exploram serviços de rádio e tevê (concessões de serviço público) para o capital estrangeiro, Roseana dançou noutro dossiê.

GLOBO e José Arruda Serra, com auxílio dos coadjuvantes menores, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO, RBS, VEJA, tentam transformar o vazamento de dados sigilosos da Receita Federal em operação anti-Serra.

É que a filha do candidato, laranja em operações ilegais, teve levantados os números das muitas mutretas tucanas.

Ignoram que o uso anti-Serra dos dados, foram levantados em operação do ex-governador mineiro Aécio Neves, que pleiteava a indicação presidencial pelo PSDB e estava sendo chantageado por Arruda Serra.

Como ignoram que a compra de dados sigilosos da Receita é feita por grandes empreiteiras, bancos, empresas multinacionais para igualmente chantagear governantes em busca de "contratos", obras, etc, etc.

Segundo a GLOBO isso tudo é liberdade de expressão. Deixar de lado conclusão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo sobre desvios nos governos de Alckimin e Serra e decisão de recuperar o dinheiro público gasto indevidamente pelos dois, ou seja, embolsado pelo esquema, isso é bobagem.

A campanha eleitoral no Brasil toma um rumo complicado. A ascensão da candidata Dilma Roussef e a derrocada da candidatura José Arruda Serra transformam a disputa num vale tudo, por parte dos tucanos e DEM, onde vale, expressão de Ciro Gomes, "passar o trator por cima da cabeça da própria mãe".

Não há programa do candidato de oposição, mas fingida indignação. Um sujeito que não tem dignidade alguma não pode ficar indignado, como?

Abandonado por aliados tradicionais e por todos os lados, resolveu atirar às cegas e nisso conta com a mídia privada, GLOBO à frente.

Liberdade de expressão para essa gente é omitir, deturpar, mentir, forjar, enfim, tentar influenciar a opinião pública através da cotidiana mentira do JORNAL NACIONAL.

A convicção manifesta pelo editor e apresentador do JORNAL NACIONAL que o telespectador é como Homer Simpson, personagem idiota de uma série da tevê norte-americana.

O desafio da comunicação é fundamental no processo de construção da democracia no Brasil. Não há sentido em manter um modelo que concentra o poder da comunicação em mãos de meia dúzia de famílias e a serviço de interesses que nada têm a ver com os do País e dos brasileiros.

A participação popular no processo vai acontecer à medida que qualquer governo se dispuser a enfrentar o poder paralelo da mentira deliberada, da farsa montada com interesses de grupos e elites econômicas.

Não existe alternativa que não passe por um debate nacional claro e transparente sobre o assunto, em que sejam reveladas as manobras e manipulações dos grandes grupos do setor e a quem esses grupos servem.

Os efeitos nocivos e criminosos que resultam da mídia privada, a criminalização das lutas populares, todo o processo que transforma uma rede de tevê, parte de um complexo empresarial monitorado a partir de potência e empresas estrangeiras, gerando um vazio que se percebe com nitidez na campanha eleitoral deste ano, como em anos anteriores.

Não há um debate sobre o Brasil e o que os brasileiros desejam para o País. Mas o processo de alienação exacerbado no sensacionalismo barato de notícias fabricadas, ou fatos distorcidos, na mentira nossa de cada dia.

O papel que a mídia cumpre é o de transformar o cidadão em pequeno instrumento dessa crescente alienação.

Se tomarmos a propaganda, outra arma eficiente nesse cipoal, breve estaremos recebendo visitas de amigos e familiares nos banheiros de nossas casas. É que terão o cheiro, o perfume, o aroma da natureza.

E todos exalando o hálito do branco absoluto de determinado creme dental, ou dos vários existentes no mercado, com roupas imaculadas, sem manchas, estáticos diante de imensos aparelhos de tevê a nos recomendar um modo de vida de aceitação de regras desumanas e cruéis.

Tudo isso com direito a pesquisas mostrando que aqui ou ali, no que chamam de primeiro mundo, as coisas são assim. A vida é assim.

E aí, o que vem por aí, continuará sendo a crença que e possível aprisionar o perfume da natureza num determinado frasco, mesmo que essa natureza esteja sendo destruída em nome do tal progresso.

O que vem por aí independe de governos. Tem que ser construído pela participação popular. O chamado institucional é apenas um instrumento, importante, mas instrumento.

O que poderá ser a alternativa a esse modelo asfixiante, não passa por outro caminho que não a luta popular.

E é nessa certeza que eles, os donos, se desesperam e tentam forjar uma realidade calcada na barbárie capitalista.

 

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