No endereço abaixo é possível ver e ouvir a oração de três dos envolvidos no esquema de propinas do governo José Carlos Arruda, DEM, Brasília. Tratam de mutretas e rezam. O fato provocou a indignação de líderes religiosos e repulsa diante da frieza e do cinismo dos bandidos.
Esse é o momento da “oração” dos
pilantras, parceiros do governador José Carlos Arruda, de Brasília.
Esse tipo de gente confirma o caráter cínico e perverso de
partidos como o DEM, o PSDB, PPS e das elites econômicas e políticas
de direita em nosso País. Via de regra costumam vir às ruas
manifestar o seu “patriotismo” na versão “último refúgio
dos canalhas”, segundo o pensador inglês Samuel Johnson. Têm
o hábito de defender o trio “Deus, pátria e família” para
esconder nessa máscara a podridão. São os bem abençoados
do esquema GLOBO, aquele do “quem quer um bom dia diga eu”.
José Carlos Arruda, veterano em corrupção, foi um dos artífices dos oito anos de pilantragem de Fernando Henrique Cardoso, para além de interferir no painel eletrônico de votação do Senado (que lhe custou o mandato, foi obrigado a renunciar para não perder os direitos políticos), muito mais que isso. Foi um dos intransigentes defensores do processo de privatização, naturalmente com propinas à altura de cada parte do patrimônio público entregue ao capital estrangeiro e disfarçado do discurso de modernismo, progresso, empregos, etc.
Aquele negócio de vamos entregar a ELETROBRAS para a empresa privada que a empresa privada investe e a gente cuida de saúde e educação. A mentira que venderam, pois financiam a empresa privada na lógica do toma lá dá cá, onde passa o trem do caixa dois. Aí, dá apagão.
O governador José Carlos Arruda era um dos cotados para ser o companheiro de chapa de José Jânio Serra, envolvido em bandalheiras diversas no estado que governa, São Paulo, a última delas, desvio de 40 milhões de reais do DETRAN/SP. A penúltima foi a do RODOANEL, onde uma empreiteira desqualificada, inicialmente, entrou pela porta dos fundos (é mania tucana, no caso de Gilmare Mendes, o “italiano” presidente do STF BERLUSCONI INCORPORATION LTD os fundos entram pela porta dos fundos) e usou material de quinta, fora dos padrões técnicos desejados, mas dentro dos padrões tucanos/DEM de primeiro o meu.
José Carlos Arruda em entrevista recente declarou que copiou muitas coisas do governo paulista de José Jânio Serra e o governador paulista controlado pelo esquema FIESP/DASLU disse alto e bom som que “o que é bom é para copiado”.
José Jânio Serra pilantra de plantão
no governo de São Paulo saudando o pilantra de plantão no governo
de Brasília, pego com a boca na botija, quando Arruda disse que copiou
muita coisa de José Jânio Serra e o próprio, sorridente,
declara que “o que é bom é para ser copiado”. Arruda
levou a sério e copiou o estilo “material de quinta, propina de primeira”.
A sanha e a desfaçatez dessa gente não têm limites, à medida que no caso de qualquer contratempo, emergência, etc, é só ligar para o embaixador da Itália que ele aciona Gilmare Mendes para habeas corpus preventivos, ou se for o caso, para Daniel Dantas. No escritório de Gilmare Mendes está a postos sua senhora, posta em emprego bem remunerado e bota bem remunerado nisso.
Não está incluída, ou melhor, não estão incluídos aí dois outros mandatários tucanos autores de proezas fantásticas nessa área de propina. A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius e o governador de Minas Aécio Neves (esse governa Minas, mas mora no Rio, onde comprou um apartamento de 12 milhões de reais).
Os largos sorrisos de Serra, a mão posta sobre os ombros de José Carlos Arruda, a gargalhada de Arruda, tudo isso, veio depois da oração pela propina nossa de cada dia e com o dinheiro ou na cueca, ou na meia, ou dentro do sapato, ou em paraísos fiscais. Mas a salvo.
O DEM, partido do governador de Brasília, resolveu dar dez dias para que Arruda se explique. Lembra uma história interessante, contada num processo de “estupro” acontecido em Minas Gerais, onde a “vítima” perguntada pelo juiz sobre se havia dito alguma coisa ao acusado na hora da “violência”, respondeu assim. –“disse sim meritíssimo, que ele tinha uma hora para sair de cima de mim, que se meu marido chegasse iria matá-lo”. Como o marido chegou, mas não conseguiu matar, o jeito foi “improvisar”.
Arruda tem dez dias para chegar à conclusão que tem que sair de cena antes que o prejuízo causado aos parceiros de partido (dentre eles a paladina dos latifundiários, grileiros de terra, e “desviadores” de verbas públicas Kátia Abreu) seja maior, se torne irreversível e o DEM, antigo PFL, antiga ARENA, em franco processo de extinção, se veja de fato extinto antes de salvar mais algum.
Nesse meio isso é uma lógica simples. Arruda sai de cena com o dele garantido, as máfias agem assim secularmente e não detona ninguém. Caso contrário, as máfias costumavam cimentar os pés dos inimigos e jogar ao mar, ou em rios profundos. O DEM apunhala pelas costas, estilo aprendido com os tucanos. Emite nota oficial dizendo que está “estarrecido” e vai expulsar a figura.
Serra, no seu estilo moto serra já disse que não tem nada a ver com isso e nada mais além disso disse. Está preocupado com os 40 milhões do DETRAN/SP e uma investigação federal sobre o assunto.
O governador, um dos eleitos por Washington para “melhor presidir o Brasil”, vale dizer entregar, passar a escritura, já recebeu a medida dos impactos negativos em sua campanha. E como está numa luta feroz com o mineiro Aécio para ver quem vai ser o ungido, tende, neste momento, a tirar o time de campo e tentar a reeleição. Mais vale um propineiro (governo estadual) nas mãos que outro voando. Se não conseguir reverter o quadro e isso vai custar propinas maiores, pois a GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, etc, custam caro e nesses casos, uma espécie de lei da utilidade marginal na política, o preço sobe e como sobe, fica onde está.
No mais, “quem quer um bom dia diga eu”. Tem o direito de escolher a cor da gravata que William Bonner vai usar para dizer que a culpa de tudo isso é do MST, do Irã, do povo palestino e que as eleições em Honduras foram limpas e democráticas com grande comparecimento.
Só isso já garante um Natal farto pra turma toda.