O MASSACRE CONTRA POVOS AMAZÔNICOS NO PERU

Se um palestino que costumam chamar de terrorista tivesse atacado um restaurante de luxo em Tel Avi, capital do estado nazi/sionista de Israel ganharia destaque em toda a grande mídia internacional e certamente William Bonner teria mais um dos orgasmos múltiplos ao vivo ao noticiar o fato e mostrar fingida cara de repugnância, disfarçada mas perceptível satisfação por agradar aos “amigos”, vale dizer um extra.

Pouco importa que o gesto do palestino tenha sido conseqüência do transtorno – a palavra é leve – de ter tido sua família assassinada, mulher e filhas estupradas, sua casa destruída e sua terra roubada. É um palestino e sionistas são hoje os principais acionistas dos Estados Unidos, controlam o governo daquele país a despeito de aparências contrárias como pretende fazer crer o presidente Barak Obama. E ainda por cima são o povo eleito por deus, o deles, para governar o mundo e os “inferiores”.

Quando Alan Garcia, corrupto e ligado ao tráfico de drogas manda suas tropas atacar e matar povos indígenas na Amazônia peruana, nenhuma notícia, nenhuma foto, nenhuma imagem. É que Garcia está limpando a área para as empresas que sustentam os grandes veículos de comunicação, pagam o salário de gente como Bonner.

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Povos indígenas na acepção desses grandes “semeadores de progresso” – destruição ambiental, morte, violência, doenças, etc – são transtorno. Ermírio de Moraes, pilantra que controla parte do antigo estado do Espírito Santo chegou a encher a ex-capital Vitória, de outdoors com os dizeres – a FUNAI traz os índios, a ARACRUZ traz progresso – E tem gente que acredita. Mesmo quando vê praias desaparecendo, novas doenças surgindo e essas “conquistas” do tal “progresso” deles.

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Alan Garcia é, ao lado de Álvaro Uribe da Colômbia, a ponta de lança dos interesses das grandes empresas norte-americanas em seu país e na América Latina. Alinhado com os EUA – não atende telefone de qualquer contínuo da Casa Branca sem calçar o coturno e ficar em posição de sentido enquanto presta continência para depois cair de joelhos –.

O ataque foi perpetrado com requintes de barbárie, típicas dos criminosos da pior espécie e os objetivos são claros e precisos. Em flagrante desrespeito a tratados internacionais, resoluções das Nações Unidas, buscando cercar a operação de sigilo e contando com a mídia comprada em todos os cantos do mundo, quer levar o “progresso” aos peruanos. Dar-lhes a condição de escravos do capital internacional.

Em tempos idos, quando aquele parte do mundo era colônia os assassinos eram os espanhóis. Hoje fica mais fácil e bem mais barato comprar presidentes da república como o peruano. Chamam o bandido de democrata, ignoram suas ligações com o tráfico, enchem suas contas bancárias de depósitos e arrotam democracia e liberdade, enquanto matam numa das mais bárbaras chacinas do país e de toda a América Latina.

A grande mídia? Silêncio absoluto. É paga para isso. 

Uma das razões que figuras patéticas e ridículas como o senador brasileiro Eduardo Azeredo – existem similares em todo o mundo, são fabricados em série pelos donos – querem através de projetos de lei que apresentam em parlamentos de seus países o controle e a censura da internet, é esse. Evitar que fujam do controle genocídios como praticado contra os povos indígenas do Peru.

Criam um mundo que chamam de real, fazem com que as pessoas acreditem que seja de fato real e põem e dispõem em função de seus interesses.

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O ataque foi como todo ataque de patriotas fardados em defesa da honra nacional. Cercado de requintes de selvageria e canalhice.

As sucessivas vitórias de governos populares em países da América Latina e as perspectivas de um bloco político e econômico desses países, com moeda própria, controle de suas riquezas – em benefício de seus povos – torna países e governos corruptos como os da Colômbia e do Peru em bases de chacinas como essas na busca do controle de riquezas fundamentais para que as grandes potências, no caso os Estados Unidos continuem uma grande potência no processo de exploração de povos oprimidos.

As imagens são fortes, chocantes, mas são a mostra da realidade a que são submetidos peruanos e colombianos, na sórdida política de eliminação de focos de resistência ao controle desses países por empresas e latifundiários do que convencionaram chamar de “nova ordem econômica democrática mundial”.

É assim no antigo México, hoje depósito de lixo dos EUA. É assim no Iraque noutra parte do mundo. É assim na Palestina subjugada ao terror israelense. É assim onde quer que os apetites de “progresso” dessa gente esteja colocado.

Ou como dizia o “coronel” Jarbas Passarinho, à época do AI-5 – “às favas os escrúpulos”.

 

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É simples entender isso. Há um processo de desmonte do movimento popular em todas as partes do mundo e na América Latina não é diferente do que acontece no Iraque. Só os nuances.

O jornalista Fernando Soares lembrava num artigo uma propaganda de uma determinada marca de veículo feita pelo chamado mago Paulo Coelho. Fascinado com um automóvel e numa escrivaninha cercada de livros por todos os lados, os seus naturalmente, o mago dá a entender que nenhum daqueles livros tem o valor do automóvel objeto do desejo.

É o mundo irreal, dos shows, do espetáculo que transforma o ser humano em rês, em gado marcado e promove massacres como o de povos indígenas na Amazônia peruana.

Em seguida à boçalidade patriótica e progressista, da ordem e da lei, os patriotas assentam e comem a ração McDonalds de cada dia. Já Alan Garcia, acrescenta zeros à sua conta bancária, à direita lógico.

Não está tão longe como a gente pensa. Já planejam incorporar o Brasil a esse processo apostando tudo em José Serra. 

 

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