OS DIREITOS HUMANOS E OS “OLHOS AZUIS” DE OBAMA

Mais de 360 mil paquistaneses foram obrigados a deixar suas casas e a região onde moram. A operação comandada por militares norte-americanos e executada por militares paquistaneses ocorre nas áreas de Swat, Buner e Dir, na fronteira noroeste com o Afeganistão e tem o objetivo de combater guerrilheiros talibãs. O ministro do Interior paquistanês Rehman Malik disse que os “trabalhos” já deixaram 700 guerrilheiros mortos e perto de vinte soldados “legalistas”.

Analistas internacionais consideram a ação militar conjunta Paquistão/EUA de “êxito duvidoso”. A maior parte dos jornalistas não norte-americanos está impedida de entrar nas áreas ocupadas pelo exército do Paquistão e afirma que as anunciadas mortes de guerrilheiros não correspondem aos dados reais. Em outras oportunidades quando George Bush era o presidente dos EUA, operações semelhantes foram feitas e os resultados considerados negativos.
Para esses jornalistas os guerrilheiros talibãs se misturam à população civil, têm o apoio da população civil e por isso mesmo é grande o número de civis mortos, já que as tropas agem com “brutalidade indescritível”. Basta uma simples suspeita e muitas vezes essa suspeita se deve a diferenças tribais para que prisioneiro seja torturado e executado.  

Um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para refugiados calcula que aos 360 mil “deslocados”, se somam mais de um milhão e quinhentos mil afegãos que fugiram do seu país desde o início da ocupação militar pelos Estados Unidos. Ariane Rummery, funcionária da ONU considera o ataque militar à região como tragédia maior que a “tragédia humanitária do Sri Lanka”. Segundo ela será necessário dobrar os recursos para alimentar esse contingente de refugiados e evitar doenças comuns em acampamentos lotados e sem condições mínimas de infra-estrutura (água potável, remédios, etc).

O governo dos EUA considera o ataque normal e afirma que a operação visa encontrar e eliminar terroristas que “colocam em risco a segurança mundial e o governo democrata do Afeganistão”. Para a ONU, segundo seus observadores, ocorre o contrário. A população de refugiados e de paquistaneses das áreas afetadas se junta aos rebeldes e aumenta a força dos talibãs diante dos maus tratos de soldados do próprio Paquistão e dos Estados Unidos.

Ariane Rummery disse que em oportunidades anteriores essas mesmas ações acabaram não resultando em nada e só aumentaram e agravaram a crise humanitária na região. “O talibã continua forte, os guerrilheiros contam com o apoio da população e dos chefes tribais do Paquistão”. 

Noutra parte do mundo, onde os “olhos azuis” de Obama continuam a “libertar” os “povos oprimidos” a ONU denunciou a existência de um centro de detenção e tortura de palestinos em Israel, a chamada “Instalação 1391”. E embora o governo de Israel negue e afirme que os prédios apontados como centro de detenção e tortura estejam abandonados, as Nações Unidas dão conta de pelo menos 900 palestinos presos sem culpa formada, muitos detidos há dois anos.

As denúncias recebidas falam de maus tratos, torturas e condições deficientes nos tais prédios. O regime de terror de Tel Aviv foi denunciado em Genebra,  no Comitê de Direitos Humanos da ONU.
 

Na sessão desse  Comitê de Direitos Humanos o relator sobre a situação dos presos palestinos em Israel Fernando Marino Menéndez perguntou ao representante de Israel sobre o “reconhecimento que os serviços de segurança podiam estar empregando métodos de tortura a presos políticos” e apresentou vários requerimentos demonstrando a prática brutal do governo sionista/terrorista de Israel.

Uma outra denúncia feita ao Comitê foi a de “assassinato seletivo” de lideranças palestinas. O observador das Nações Unidas afirmou que a alegação que se trata de “terroristas” é duvidosa.

Há denúncias de violência praticada por colonos judeus em terras roubadas a palestinos. Algumas dessas áreas em território palestino estão sendo transformadas em loteamentos e vendidas a israelenses. A ONU denuncia que Israel adota critérios diferentes para responsabilizar jovens. No caso de cidadãos judeus a idade é de 18 anos. No caso de palestinos é de 16 anos.   

Para o presidente dos Estados Unidos Barak Obama muçulmanos e palestinos precisam mostrar “boa vontade” para que Israel tenha gestos de concretos de desejo de paz e o estado palestino possa ser uma realidade. Obama já disse que os marcos definidos na resolução da ONU que criou Israel e Palestina têm que ser revistos. Ou seja, abriu as portas para que as terras palestinas roubadas por sionistas/terroristas sejam incorporadas ao estado terrorista de Israel.

A idéia é partir para cima do Irã caso esses gestos de “boa vontade” não se materializem. Na visão dos “libertadores”, o culpado de tudo é o Irã. 

Há o temor entre líderes palestinos e os que não reconhecem o caráter divino da missão de Obama, que a próxima gripe seja a “gripe Islã”. Aí os laboratórios deitam e rolam nas bolsas de valores e nas vendas de remédios por todo o mundo e o “moreninho de olhos azuis” tem o pretexto para livrar o mundo do “vírus” do “terrorismo”.

O terrorismo real é o de Washington, é o de Tel Aviv.

A ONU está pedindo ao governo do Paquistão que permita à Cruz Vermelha chegar às regiões onde está sendo feita a chamada “limpeza”. Quer ver que tipo de “detergente” estão usando. Não está conseguindo.

Em Gaza palestinos continuam sendo presos, torturados, mulheres palestinas estupradas e segue em alta a venda da camiseta onde uma mulher grávida, árabe, aparece e embaixo a inscrição – “dê um tiro e mate dois inimigos de uma só vez" –.

Está nas melhores lojas padrão FIESP/DASLU de toda Israel. Vem com certificado de povo eleito para guiar e libertar o mundo. E medalhinha benta de Barak Obama.
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