CESARE BATTISTI – “A ITÁLIA ESTÁ DE CUECAS” – O MAR NÃO ESTÁ PARA GATOS

O STF DANTAS INCORPORATION LTD concedeu o prazo de cinco dias para que o governo do primeiro-ministro Sílvio Berlusconi se manifeste sobre o pedido de extradição do refugiado italiano Cesare Battisti. Como é prática corriqueira a grande mídia no Brasil dá destaque aos protestos contra o ato do ministro Tarso Genro que concedeu a Battisti o status de refugiado e ignora as manifestações de apoio, inclusive de parlamentares italianos. 

Se o embaixador da Itália vai entregar a manifestação de seu governo nos autos do processo entrando pela porta dos fundos do gabinete do “ministro latifundiário” Gilmar Mendes, isso é outra história. Entrou uma vez, entra duas, três...


Laura Perego, italiana e atriz de filmes pornográficos no país do banqueiro Berlusconi, invadiu a bolsa de valores de Milão para denunciar os prejuízos sofridos pelos cidadãos comuns – poupadores – italianos por conta da crise financeira mundial. 

O detalhe é que a moça estava nua. Laura trepou numa das mesas da catedral dos bancos na Itália e gritou – “a Itália está de cuecas” –. Foi presa, conduzida a uma delegacia e lá recebeu a solidariedade de policiais. O protesto, segundo disse à imprensa, foi para “responsabilizar todos os que administraram mal nossas poupanças.”      

 

O bichano na foto acima é um mendigo de Belarus, na Bielorússia. Um cartaz explica que mendiga para poder comprar peixes e se alimentar. A proprietária do felino em questão fica por perto para evitar qualquer problema e afirma que como tem muitos animais e achou o “artista”  perdido, resolveu adotá-lo, mas não tem como alimentá-lo. A julgar pelo número de notas no prato o gato em breve vai estar obeso. 

Em contrapartida e em plena crise uma empresa dos EUA está lançando um bolo para cães em caixas especiais e sabores variados. É um dos poucos mercados que na maior potência do mundo não está ainda sofrendo os efeitos da tal crise.  Comida de crocodilo vende feito água.  

  

A fome na África e em várias partes do mundo permanece intocada. É que africanos não têm tantos bancos assim e nem montadoras de automóveis para justificar fabulosas doações de dinheiro público para sanear empresas/quadrilhas e gratificar executivos a situação vai perdurar. 

Edita Schindlerova, de 22 anos, decidiu enfrentar a crise de um jeito ortodoxo para os padrões ser/objeto nos dias atuais. Nas horas vagas é aeromoça e nas horas ocupadas é atriz de filmes pornôs. Segundo a companhia, também afetada pela crise, Ryannair, “o que nossos empregados fazem fora do horário de trabalho não é problema nosso”. É o capitalismo se adequando ao monstro que ele próprio gera. Deixando de lado o falso pudor padrão arcebispo de Olinda e Recife, D. Qualquer Coisa Gomes Sobrinho, por aí se não for isso. Em eras não tão priscas assim a moça seria demitida por quebrar os padrões de decoro e respeito da empresa. Hoje atrai passageiros. 

Não existe decoro e respeito em empresa. É só para inglês ver. É mais ou menos como o bordel inteiro tomando banho de água benta. E olha que nas antigas zonas boêmias o expediente era fechado na sexta-feira da paixão e a turma acompanhava a procissão do enterro descalça e com vela acesa. Bem mais decente que qualquer banco ou montadora de automóveis. Ou que tucanos e extensões ditas democratas. Ou que VEJA, REDE GLOGO, FOLHA DE SÃO PAULO, etc. 

O julgamento do pedido de extradição de Cesare Battisti poderá ocorrer antes da semana santa. Depende de como vai funcionar a porta dos fundos do gabinete de Gilmar Mendes. Se abre, se fecha, se a mala passa sem ser vista ou a vista fica grossa. 

 

Em todo caso, para a fantástica produção de matéria prima nos bancos, montadoras, seguradoras, corretoras, mineradoras, empreiteiras, etc, etc, os geradores de progresso, qualquer um pode comprar pela módica quantia de 15,67 libras, mais ou menos 50 reais, privadas portáteis em vários modelos e feitas de papel reciclado. É usar e jogar no lixo depois. Segundo a empresa fabricante um “simpático personagem em forma de fezes, o Little Jack, ilustra a parte de fora da “shit box”. E, diz o fabricante, “o invento pode ser uma boa alternativa para acampamentos selvagens”. 

A julgar pela quantidade de “shit” dos banqueiros, executivos de montadoras, seguradoras, Ermírio de Moraes, Eike Batista, Norberto Odebrecht, Queiroz Galvão, José Sarney e família, isso só no Brasil, o negócio está imune a qualquer crise. O gabinete de Gilmar Mendes deve comprar, sem licitação lógico, com direito a por fora para os “negócios” em Diamantino, pelo menos um terço do estoque em disponibilidade no País. 

Dois últimos detalhes. A atriz Laura Perego quando do seu protesto na bolsa de Milão estava nua, mas com as cores da bandeira italiana ilustrando seu corpo.  Os fabricantes de laxantes e purgantes querem entrar em acordo com a empresa que produz as “shit box” para incentivar o negócio. São formas alternativas e sustentáveis de sair da crise. 

E depois, qualquer problema é só ir no Congresso que eles logo liberam uma verba. No nosso então... Sarney e Michel Temer...

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