A prática é pelega e a central é mero instrumento da doença assistencialista que tomou conta do sindicalismo brasileiro. Você tem um salão de barbeiro, com manicure, pedicure, uma bela sede campestre onde tudo é mais caro para o bem da “causa”, toda a sorte de seja bem vindo assente-se aqui vamos atendê-lo em cinco minutos e, por baixo dos panos o trabalhador se lasca.
Essa foto é de trabalhadores da ARACRUZ CELULOSE, quadrilha dita empresa do mafioso ermírio de moraes. Aquele que quando o banco quebra corre a buscar o dinheiro do trabalhador no governo para evitar o “desemprego”. Demite assim mesmo e os paraísos fiscais agradecem os investimentos preciosos do gerador de progresso e bem estar.
Os trabalhadores, conclamados por seus líderes, os da CUT, que por sua vez foram comprados por ermírio de moraes, estão indo às ruas protestar contra entidades que defendem os índios no antigo estado do Espírito Santo, hoje VALE/ARACRUZ/SAMARCO/CST.
O negócio é simples. D. Ermírio, o capo, quer encher as terras indígenas de eucalipto, quer que os índios deixem terras que ocupam desde antes da descoberta do Brasil e quer que tudo vire propriedade da ARACRUZ promotora de progresso para ele e os seus.
Os trabalhadores e seu protesto? A cut foi simples e enfática ao conclamar a passeata. Vai haver chamada, vão ser fotografados os presentes e aqueles que estiverem ausentes serão demitidos.
Os que não aceitarem o “progresso” de D. ermírio, um dos principais mafiosos do Brasil, que se mudem. Al Capone quando foi preso promoveu comoção em Chicago. É que “ajudava” os pobres com o que hoje chamamos de cesta básica. Muita gente achou ruim a prisão do bandido.
Que tenha matado cem, duzentos, tenha desgraçado a vida de inúmeras famílias, lesado a tudo e todos, isso é o de menos.
E Capone àquela época não tinha uma globo para defendê-lo. ermírio hoje tem a globo, tem a folha de são paulo (líder da imprensa marrom na capital paulista), tem dinheiro a rodo no BNDES (o que arrecada o FAT – FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR – não é ironia não, é fato) e ainda se gaba de levantar às seis e trabalhar até as dez.
Os trabalhadores da ARACRUZ que serão demitidos de qualquer jeito quando não conseguirem mais produzir e alcançar as metas de “progresso” do bandido ermírio, vale dizer, no máximo aos trinta e cinco anos, sugados e explorados ao limite máximo, estão aí, querem trabalhar em “paz”.
Como? Tomando as terras seculares dos índios?
Essa é a típica manifestação montada e orquestrada por bandidos – ermírio e cut – onde um monte de gente sem cara e de quatro no medo, acreditando piamente que isso é progresso e que “são gente”, voltada para a característica impiedosa do capitalismo. São objetos.
Se tem crise? O governo banca. Com o meu, o seu, o nosso dinheiro.
Se tem sindicato? A cut se encarrega de fazer de conta que briga pelo trabalhador. Seria ótimo a Receita Federal e a Polícia Federal levantarem as contas bancárias dos diretores da central no antigo Espírito Santo. Deles e familiares, lógico. A turma é esperta.
E seria interessante ouvir a palavra do presidente do stf dantas incorporation ltd, gilmar mendes, bandido de plantão para qualquer hábeas corpus de emergência. É evidente que isso é necessário pois o capataz da fazenda ARACRUZ/VALE/SAMARCO/CST, paulo hartung tem o hábito de mandar matar quem o contraria, ou aos interesses de seus patrões, como o fez com um juiz no antigo Espírito Santo.
E viva a cut. Está na mesma linha de raciocínio daquele secretário municipal de Friburgo, no Rio, que disse que “cães e crianças negras têm que ser executados pois ninguém quer adotá-los.”
A CUT acrescentou os índios, pior, nas terras deles. Os serviços de inteligência da central devem estar analisando as fotos agora para ver quem não foi e mandar embora.
Pastinha, pilantra de qualquer quinhentos reais deve morrer de inveja desses negócios. Nem no superfaturamento do hotel/sede levou algum, só mesa de sinuca velha. Nem pasta trocou. São as mesmas fotos montadas naquela história de pareço que sou mas não sou. É cretino mesmo. E ainda tenta chegar no estilo cutista naquele jeito de como vai você, fulano mandou um abraço,a clássica falta de vergonha.
E eu que invento. Millôr Fernandes é claro e preciso, como sempre aliás – “a corrupção começa no cafezinho” –
No próximo primeiro de maio cut versus força sindical para ver quem consegue o maior número de gols em impedimento, com a mão, mas com a grana no bolso dos paulinhos e cutistas da vida.