O BURACO DO METRÔ – OS GRANDES "NEGÓCIOS"

A juíza Margot Corrêa Begossi, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Pinheiros, São Paulo, recebeu a denúncia do Ministério Público contra 13 funcionários do Metrô e do Consórcio Via Amarela. São acusados pelas sete mortes ocorridas em janeiro de 2007 num canteiro de obras da futura Estação Pinheiros do metrô da capital paulista.

O promotor Arnaldo Hossepian Júnior foi o responsável pela denúncia. Os acusados responderão por homicídio culposo e as penas podem chegar a seis anos de detenção. Em 10 dias os réus deverão apresentar suas defesas. A empresa do governo paulista responsável pelo metrô divulgou comunicado onde afirma que vai dar toda "a contribuição necessária à Justiça". O que o Ministério Público investiga é se a "instabilidade" ocorrida no canteiro de obras era suficiente para paralisar a construção e se havia um sistema de "contingenciamento do entorno", o que serviria para interromper o tráfico de veículos e pessoas no local do desmoronamento.

"Instabilidade" e "contingenciamento do entorno" significam perigo de desabamento e alternativas para o tráfego de veículos e pessoas. Linguagem de tucano para enrolar eleitor. 

Três empresas/máfias fazem parte do que chamam Consórcio Via Amarela. Queiroz Galvão, Norberto Odebrecht e Camargo Corrêa. 

À época do desmoronamento a direção da Norberto Odebrecht anunciou que iria "prestar toda a assistência às famílias das vítimas". Dois dias depois ao tomar conhecimento que uma das vítimas tinha em seus bolsos um pacote de cocaína, divulgou nota afirmando que a indenização dessa vítima estava fora de cogitação, pois se "tratava de um criminoso".

Como se a Norberto Odebrecht não fosse uma organização criminosa. Fosse um centro de caridade.

Os contratos para a construção da Estação de Pinheiros foram celebrados durante o governo de Geraldo Alckmin, mantidos pelo atual governo, o de José Serra, a despeito das denúncias de corrupção e de erros na obra. Serra não só referendou os contratos, como manteve o fiscal encarregado de controlar os trabalhos, um dos indiciados e com antecedentes de propina em obras públicas realizadas por empresas/crime legalizado.

Não será surpresa se no final da história, quando o processo bater no stf o ministro gilmar mendes anular tudo e mandar indiciar as vítimas por terem causado danos aos "negócios" de empresas/máfias e tucanos, braço político do crime legalizado no Brasil.

O laudo pericial apresentado pelo consórcio Via Amarela, evidente, concluiu que o acidente foi uma fatalidade. O laudo pericial do Instituto de Criminalística mostrou que não. Foi incúria mesmo. Obra feita fora do contratado. E superfaturada.

A Norberto Odebrecht é a empresa que construiu uma hidrelétrica no Equador. Contratou uma coisa e fez outra. A hidrelétrica não funciona. O governo do presidente Rafael Corrêa realizou uma auditoria na obra e está recorrendo a tribunais internacionais para não ter que pagar pela fraude da empresa/máfia brasileira.

A Queiroz Galvão trata do "território do lixo" entre outras coisas e numa determinada região do País. É detentora de contratos corruptos e milionários com o governo da cidade de Belo Horizonte, o governo Aécio Neves (está descansando em Florianópolis, mas a salvo das enchentes). O braço da quadrilha em Minas se chama Vital Engenharia Ambiental, controla boa parte da FEAM (Fundação Estadual do Meio-ambiente) e esteve quase fechando um "negócio" com o prefeito da cidade de Juiz de Fora, Alberto Bejani, preso na Operação Pasárgada.

Os caminhos para a retomada do "negócio" estão agora sendo reabertos pelo tucano/bejanista Custódio Matos, novo prefeito daquela cidade.

A empresa/máfia está sendo questionada pelo governo da Bolívia por ter abandonado a construção de uma estrada. Queria mais dinheiro para acabar. No Peru tem "negócios" também e nem o governo corrupto de Alan Garcia agüentou o esquema da Queiroz Galvão.

A Camargo Corrêa é máfia das mais antigas e sólidas nos "negócios". Vem dos tempos da ditadura militar, onde, aliás, ganhou força.   

No Congresso Nacional existe um requerimento aprovado ao tempo do governo do tucano/bandido FHC instituindo a CPI das Empreiteiras. Até hoje neca de pitibiriba. Boa parte dos deputados passa nos escritórios dessas empresas/quadrilhas para pegar contribuições para suas campanhas eleitorais.

O senador Gérson Camata, do PMDB do antigo Espírito Santo, sócio do governador de Minas Aécio Neves em negócios de família, é um deles. Costuma deitar falação sobre honestidade, caráter, família, "progresso", etc. É empregado de Dom Ermírio de Moraes, um dos controladores daquele antigo estado hoje VALE/ARACRUZ/SAMARCO.

E na esteira dos "grandes negócios" vem aí a contribuição do governo Lula para as "famílias". A privatização dos aeroportos de Viracopos (Campinas) e Galeão (Rio de Janeiro). A TAM e uma empresa de Portugal estão interessadas no "esquema".

Como já entregou quase todo o pré-sal a empresas estrangeiras corre o sério risco de entrar no fechado clube do tucanato. O das privatizações, terceirizações, "grandes negócios".

A notícia sobre a decisão da juíza, na maioria dos veículos de comunicação da grande mídia. omite o nome das empresas/máfias e cinge-se aos anônimos engenheiros, técnicos, fiscais, etc.

José Serra, que este ano dobrou as verbas de publicidade de seu governo de nada, passa liso também.

São os "grandes negócios" do Brasil rumo ao século XIX. Breve linha de diligências da Wells Fargo.
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