As informações são da agência oficial de notícia do Irã, a Irna, e da rede de televisão estatal do país, PressTV. De acordo com Husseini, as atividades da Usina de Bushehr permitirão maior geração de eletricidade para o Irã. Segundo o porta-voz, a iniciativa mostra ainda que a imposição de sanções por parte da comunidade internacional "não causaram impacto no processo de enriquecimento nem [nos planos de lançamento] da usina nuclear".
De origem turca, o secretário-geral da Organização da Conferência Islâmica (OCI), Ekmeleddin Ihsanoglu, afirmou ontem que a entidade apoia a política externa do governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. A organização mantém uma delegação permanente na Organização das Nações Unidas (ONU) e representa 57 membros - de países no Oriente Médio, na África, na Ásia e na América do Sul.
Ihsanoglu afirmou que a organização é favorável ao desenvolvimento do programa nuclear do Irã porque o país desempenha um "papel estratégico na região". As críticas e desconfianças em relação ao programa motivaram, em junho, as sanções definidas pelas Nações Unidas, pelos Estados Unidos, pelo Canadá e pela União Europeia aos iranianos. As restrições atingem principalmente os setores comercial e militar do Irã.
Para parte da comunidade internacional, o programa nuclear iraniano produz secretamente armas atômicas. Mas o governo Ahmadinejad nega as acusações. Nos próximos dias devem ser retomadas as negociações na tentativa de encerrar o impasse e suspender as sanções. Para o Irã, é fundamental dar continuidade ao acordo para a troca de urânio.
Pelo acordo, o país se compromete a enviar 1,2 tonelada de urânio enriquecido a 3,5% para a Turquia. No prazo de até um ano, os iranianos receberão 120 quilos do material enriquecido a 20%. Com isso, os mediadores do acordo - o Brasil e a Turquia - esperam acabar com as desconfianças sobre a eventual produção atômica por parte dos iranianos.
Edição: Juliana Andrade
(Envolverde/Agência Brasil)