O Secretariado Internacional de Anistia Internacional publicou no dia 31 de maio um comunicado sobre o ataque de tropas israelenses à frota de voluntários em auxílio da população bloqueada de Gaza. O original deste comunicado, em árabe, francês, espanhol e inglês se encontra neste link . A tradução é literal.
É Necessário Investigar os Homicídios Israelenses de Ativistas da Frota de Gaza
Anistia Internacional tem pedido a Israel o início imediato de uma investigação credível e independente sobre os homicídios, executados por suas forças armadas, de pelo menos 10 ativistas da frota organizada para protestar pelo bloqueio israelense da Faixa de Gaza.
“As forças israelenses parecem ter feito uso excessivo de força – manifestou Malcolm Start, diretor do Programa de Anistia Internacional para Oriente Médio e Norte de África - Israel afirma que suas forças atuaram em legítima defesa, pois teria sido atacada pelos ativistas, porém não é credível que os meios letais que foram empregados estivessem justificados. Parecem uma resposta totalmente desmesurada à ameaça que tenha podido ocorrer”.
Anistia Internacional tem pedido às autoridades israelenses que, em primeiro lugar, façam públicas de imediato, as regras de intervenção ditadas às tropas que efetuaram este ataque mortal.
“Os ativistas da frota explicaram claramente que seu objetivo principal era protestar contra a persistência do bloqueio israelense, que constitui uma forma de castigo coletivo, sendo, portanto, uma violação do direito internacional” - assinalou Malcolm Smart.
O bloqueio não afeta especificamente os grupos armados, mas castiga toda a população de Gaza, ao restringir a entrada de alimentos, medicamentos, material educativo e materiais de construção. Seus efeitos são sentidos entre os mais vulneráveis dos 1,5 milhões de habitantes do território: crianças, idosos e doentes.
O bloqueio constitui um castigo coletivo, de acordo com o direito internacional, e deve ser imediatamente levantado.
Em virtude do direito internacional, Israel tem o dever de garantir o bem-estar da população de Gaza, incluindo seu direito a saúde, a educação, a alimentação e moradia adequada.