Taipé - A gigante eletrônica taiuanesa Foxconn Technology anunciou nesta quarta-feira que aumentará em 30% os salários de seus empregados na China, depois de dez suicídios na força de trabalho só em 2010. A empresa aumentará imediatamente os salários, que passam de 900 iuanes (US$ 132) a 1.200 iuanes (US$ 176) em suas fábricas do sul da China, disse seu porta-voz em Taipé.
As 13 tentativas de suicídio - das quais três falharam - entre os empregados desencadearam um grande debate sobre as condições de trabalho na empresa, o que levou seu presidente, Terry Gou, a abrir as instalações à imprensa. A Foxconn emprega na China mais 800 mil pessoas, das quais 400 mil trabalham em dois complexos em Shenzhen.
A Bolsa taiuanesa respondeu com uma forte baixa nas ações da Hon Hai, a empresa mãe da Foxconn, perante o temor de que a alta de salários represente baixa nos lucros da empresa. A Foxconn fabrica os iPhones e iPads para a Apple e vários produtos das principais marcas eletrônicas e informáticas do mundo.