Stalin sempre despertou o ódio irrestrito da burguesia internacional, que sempre tentou atacá-lo e depreciá-lo de todas as formas. Para isso a reação sempre contou com seus fiéis escudeiros, o revisionismo e o oportunismo, no geral, o kruschovismo e o trotskismo, em particular. Recentemente foi editado o livro do pretenso historiador Simon Sebag Montefiore intitulado O Jovem Stalin, que "traz à luz a juventude sombria do terrível ditador". Fora a baba hidrofóbica que sai pelo canto da boca, escorre pelo braço e chega à caneta, se misturando com a tinta, nada que deprecie a imagem de Stalin pode ser achado no livro.
Stalin em 1902
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Esta seria uma tarefa extremamente difícil, dado que se difama
Stalin desde a sua morte e sua vida já foi virada ao avesso por
predecessores do pretenso historiador, na esperança de encontrar alguma
foto do "diabo georgiano" jantando uma criancinha assada. O livro, no
entanto, tem feito sucesso e deve virar filme. Todo esse ódio somente
demonstra a importância de Stalin como camarada e sucessor de Lenin na
direção da Revolução Russa e de seu magistral papel na primeira
experiência de construção socialista da humanidade, bem como de
brilhante comandante militar na vitória sobre o nazifascismo. Sem
dúvida, o ódio dos inimigos de classe só pode ser bem vindo para
aqueles que entendem e defendem a imensa contribuição deste grande
revolucionário.
Não se pretende aqui contradizer todas as
calúnias, visto que seria demasiado tedioso e o respeito ao leitor nos
impede de gastar mais que meia página para desmontar a verborragia
ensebada do livro.
O autor começa falando que muito pouco se havia escrito sobre a
juventude de Stalin enquanto de outros como Hitler, Roosevelt e
Churchill havia vasto material. Afirma que só recentemente foram
abertos arquivos que trazem à tona sua "sombria" juventude. Ora, por
que os revisionistas haveriam de esconder tais preciosidades se elas
seriam tão úteis para caracterizar o monstro? Isto seria naturalmente
cereja no sorvete do relatório secreto de Kruschov traidor, o
responsável pela detratação de Stalin e a restauração capitalista na
União Soviética. Quando ataca Stalin não se pode deixar de falar do tal
"culto à personalidade" e o autor afirma não entender por que Stalin
não utilizou as memórias de sua mãe no culto e nem tão pouco por que
ficou furioso quando ela foi entrevistada por uma revista de moda. "Peço-lhes
que proíbam essa gentalha farisaica que penetrou em nossa imprensa de
publicar qualquer outra 'entrevista' com minha mãe e toda espécie de
publicidade crassa".
Afirma o autor que Stalin também
evitava falar de sua mocidade. Que motivos teria para isso? Sua
mocidade foi heróica, com intensa e apaixonada militância, diversas
ações de expropriação, várias prisões, fugas e edições de vários
jornais. Algum "ingênuo" poderia argumentar que um historiador deve
primeiro investigar e depois tirar suas conclusões. Ora, historiadores
pertencem a classes sociais e quase sempre refletem a maneira de ver o
mundo destas classes. O autor pertence a uma família d e banqueiros e
as conclusões, ou melhor, o objetivo do livro — detratar Stalin —
estava traçado antes mesmo de alguma suposta pesquisa em fontes
obscuras. Aliás, este não é o primeiro livro de Montefiore atacando
Stalin, existe um tal de A corte do tzar vermelho. Não é preciso ser
muito inteligente para ver que as evidências apresentadas pelo pretenso
historiador depõem contra a acusação do "culto à personalidade", mas
faz parte da tática do mesmo ir caluniando e depois dizer que talvez
não fosse bem assim.
Isso pode ser visto quando discute a paternidade de Stalin. Afirma que
ele pode ser filho do padre, do padrinho e de mais alguns, e depois que
provavelmente é filho de Besso, o marido de sua mãe. Essa conversa de
comadre nada tem a ver com história, é tentativa de difamação pura e
grosseira. Mesmo que a mãe de Stalin fosse uma prostituta, ser filho de
uma meretriz (em sentido literal é claro) em nada depõe contra uma
pessoa. Já os que as têm (no sentido figurado)...
Outra acusação contra Stalin na verdade mostra mais uma de suas grandes
contribuições à causa revolucionária, que foi usada até pelos que
afirmaram odiar Stalin: as ações de expropriação contra bancos para
financiar a Revolução. Aliás, nosso "banqueirozinho" afirma que o termo
expropriação é apenas um eufemismo para roubo de banco. Bem
compreensível, classes diferentes vêem de forma diferente. Para as
classes oprimidas fica confuso separar roubo de juros, financiamento,
agiotagem e congêneres, mas de expropriação é extremamente fácil. Como
o próprio banqueiro-historiador afirma, os revolucionários que
participavam das ações não ligavam para o dinheiro, não o usariam em
proveito próprio, mas para financiar a Revolução e aniquilar à outra
categoria de roubo, a legal, com que eufemismo possa ser chamada.
Por que requentar a difamação contra Stalin e outros dirigentes
comunistas quando afirma-se que o socialismo acabou, que vivemos uma
nova era de modernidade e outras bobagens do gênero? Sabe muito bem a
burguesia que esta balela engabela, no máximo, aos oportunistas e
revisionistas, que se utilizam disto para vomitar diuturnamente seu
ódio à Revolução. É verdade que, principalmente com a restauração
capitalista na URSS após a morte de Stalin e na China após a morte de
Mao Tse-tung, como de resto nos demais países em que o povo tomara o
poder, há demasiado oportunismo no movimento popular e revolucionário
em todo o mundo, toda uma canalha que se faz chamar de "esquerda". No
entanto, como já podemos ver, a crise geral do imperialismo e sua
beligerância cada vez maior empurra os povos para a Revolução. Tentam
inutilmente fazer uma cortina de fumaça em torno dos grandes líderes
dos povos, mas, inevitavelmente, outros Stalins surgirão.