A Longa Marcha na América Latina. O futuro do bolivarismo

Em meados de 2008, as FARCs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foram duramente criticadas tanto por Lula do Brasil como por Chávez da Venezuela. Lula disse, “O recurso à luta armada como meio para chegar ao poder tem de acabar na América Latina. A crença de que a luta armada pode resolver qualquer problema caiu de moda”. Chávez fez-lhe eco: “A guerra de guerrilhas é passado. Hoje, já não há lugar para os movimentos de guerrilha na América Latina.”
Chávez conhece a via armada. Seu irmão Adan, hoje líder do chavismo, foi membro do MIR (Movimiento de la Izquierda Revolucionária), organização marxista-leninista de guerrilha, e, depois, do Partido da Revolução Venezuelana, organização urbana clandestina ligada ao ex-comandante guerrilheiro Douglas Bravo.
Por causa de Adan, Hugo Chávez conheceu, de primeira mão, as limitações do projeto da luta armada.

Como disse Adan, em entrevista a Alan Woods, “Dirigimos o trabalho de guerrilha urbana. Mas, porque o partido [PRV] sempre foi clandestino, não tinha contato com as massas. Além do quê, éramos dogmáticos e sectários. Como o MIR, o PRV dividiu-se e acabou por desaparecer. Para que um movimento popular revolucionário sobreviva e chegue ao poder, é preciso estar bem plantado nas massas populares e contar com o apoio das Forças Armadas.”
O prognóstico de Adan espelha a autocrítica das Forças Armadas Venezuelanas de Libertação Nacional (FALN), cujos líderes escreveram, em 1964, que se haviam deixado prender num “subjetivismo infantil de origem pequeno-burguesa – um inchaço de entusiasmo devido a uma longa cadeia de sucessos temporários que nos fizeram aparecer, na Venezuela e em outros países, como força quase mítica de poder imensurável.” Isso levou a subestimar a força do Estado Venezuelano e a superestimar a proximidade que parecia haver entre as massas e as FALN. A avaliação é sombria, mas a vítima não foi só o exército guerrilheiro. Também o Partido Comunista Venezuelano r achou, e, em 1967, rompeu com Fidel Castro.
Hugo Chávez integrava o grupo de militares venezuelanos e liderou um pequeno grupo esquerdista. Esse grupo tentou um golpe, que fracassou, em 1992. Hugo Chávez foi à televisão e orientou seus companheiros a desistir “por ahora”, por enquanto. Essa expressão, por ahora, calou fundo. Chávez converteu sua popularidade em movimento de massa, no qual mergulharam vários pequenos partidos e grupos do movimento social.
Lembro-me de ter encontrado vários grupos de ativistas de esquerda na Universidade Central da Venezuela, nos anos entre a tentativa de golpe chavista em 1992 e a posterior vitória eleitoral em 1998 – e o desânimo era visível: nostalgia da Cuba de 1959, mas desolação quanto ao próprio futuro. A guerra de guerrilha terminara em meado dos anos 90s: com o fim do grupo que liderava os maoístas no continente, Sendero Luminoso do Peru, cujo líder, Guzman, foi capturado pelo exército peruano em 1991. Os ativistas venezuelanos de esquerda estavam divididos em pequenos grupos, e não viam o que já começara a organizar-se nos barrios, as áreas de favelas que cercam a cidade.
A fadiga com os partidos da direita e do centro-direita e o entusiasmo pelo populismo do partido de Chaves e seu estilo levaram à primeira vitória, Contra a pressão dos EUA e as maquinações da oligarquia, o movimento de Chávez conseguiu manter-se vivo. E então iniciou sua “longa marcha através das instituições”, alinhando várias agências do Estado aos valores do movimento bolivariano. Essa “longa marcha” chegou à revisão da Constituição, que hoje manifesta como nunca antes as aspirações da vasta maioria da população venezuelana. O objetivo era chegar ao poder do Estado, mas sempre foi bem claro para o movimento bolivariano que chegar ao Estad o não implica apenas controlar o aparelho do Estado; se significasse apenas isso, os bolivarianos teriam apenas feito o mesmo trabalho que já fizera a Constituição de 1961, das oligarquias.
Para escrever a nova Constituição Bolivariana (1999), os venezuelanos elegeram uma Assembleia Constituinte, que redigiu uma primeira versão de Constituição depois ratificada por plebiscito – pela primeira vez na história da Venezuela. A Constituição Venezuelana foi inspirada em várias fontes, inclusive da história revolucionária da América Latina (de Simón Bolívar, El Libertador, ao pensador marxista Jose Carlos Mariategui) e da teoria marxista (sobretudo, do pensamento do importante jurista soviético Evgeny Pashukanis[1]). É documento complexo, com provisões para aprofundar a democracia, num plano, e, noutro plano, para garantir pleno reconhecimento dos direitos humanos. O governo Chávez já lançou o programa Barrio Adentro, para oferecer assistência médica pública à saúde da população, nos termos em que a Constituição obriga Estado e governo a fazer. Tudo isso é viável graças à renda que o petróleo faz jorrar nos cofres do Estado venezuelano. As armas continuaram nos coldres. A luta dos movimentos populares, na Venezuela assumiu a forma de luta el eitoral.
Os sucessos do projeto bolivariano ameaçaram a oligarquia e os EUA, com o fim do controle que exerciam sobre a Venezuela, vista como uma espécie de quintal. Distraídos com as guerras do Afeganistão e do Iraque, e com os atritos nucleares com a Coreia do Norte, os EUA não tiveram tempo de agir ‘preventivamente’ contra a Venezuela bolivariana de Chávez. Os exércitos na região tampouco viram motivo para deixar os quartéis e voltar à vida política como haviam feito décadas antes. A maré da história favoreceu os bolivarianos. Mesmo assim, os EUA patrocinaram um golpe contrarrevolucionário em 2002 – que falhou, porque o povo acorreu às ruas para defender o projeto bolivariano de Chávez. O povo tinha tudo a perder – e estava organizado para enfrentar esse tipo de eventualidade. Chávez não se deixaria derrotar como Allende. Tinha o apoio dos militares e havia cuidado de manter mobilizada a população. Há hoje na Venezuela comitês de comunidades, células de vizinhos e várias ligas organizadas de autodefesa do governo eleito. Os chavistas derrotaram o golpe tentado, de fato, por causa do grande número de pessoas nas ruas, e sem armas. O tempo da “terrível necessidade”, de tirar as armas dos coldres, ou já passara ou ainda não chegara. Chávez derrotou os golpistas de 2002.
Para Lula, a política das armas não é completamente desconhecida. Lula tinha 19 anos, quando os militares brasileiros depuseram o presidente João Goulart, da esquerda liberal, e inauguraram uma ditadura que duraria de 1964 a 1985. Lula perdeu o dedo mínimo da mão esquerda numa prensa da fábrica na qual trabalhava, no ano do golpe; quando a ditadura chegava ao fim, já era líder do movimento sindical e estava fundando o Partido dos Trabalhadores, PT.
Durante essa longa era, a classe média urbana com tendências para a esquerda, havia-se movido ou para o trabalho clandestino de organização sindical ou para as unidades clandestinas de guerrilha urbana. Dentre es sas últimas, destacou-se o trabalho espetacular da Aliança de Libertação Nacional (ALN) de Carlos Marighella – autor do importante e influente Pequeno Manual do Guerrilheiro Urbano (de junho de 1969), convertido em bíblia da guerrilha urbana, de Montevidéu à Cidade do México e, de fato, em todo o mundo. Marighella foi morto pela polícia no mesmo ano em que seu Manual foi lançado (tinha 57 anos, veterano militante do Partido Comunista Brasileiro, do qual se desligou por divergências quanto à estratégia de ação direta).
Mas a guerrilha urbana não influenciou Lula, como tampouco o influenciou o sectarismo do Partido Comunista Brasileiro durante a era Goulart. O PCB adotara linha de dura oposição ao regime de esquerda-liberal de Goulart – que foi acossado tanto pela esquerda, mais fraca, quanto por uma poderosa direita (aliada à oligarquia e aos militares). Em 1965, o Comitê Central do PCB declarou, em autocrítica, que seu principal erro havia sido “a subestimação da probabilidade de um golpe de direita, considerado mera encenação para assustar as massas. Concentrando nosso fogo contra o governo, exigimos medidas cada vez mais drásticas, sem avaliar corretamente nossas fra quezas e os pífios resultados do movimento nacional democrático; e avaliando mal, também, a efetiva correlação de forças sociais que existia naquele momento.” Lula investiu em uma via que não tendia nem à guerrilha, já então isolada, nem à via sectária do PCB da era Goulart.
As lições da história pareceram bem claras, para Lula – e assim permaneceram até a fundação do Partido dos Trabalhadores em 1980.  Poucos anos depois, os campesinos brasileiros fundaram duas das mais importantes organizações de camponeses do mundo contemporâneo: a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) – ambos com cerca de 11 milhões de membros. Esses grupos foram constituintes importantes do PT.
Mesmo em momentos extremamente difíceis, Lula e seu grupo continuaram a trabalhar na organização de movimentos populares, construindo um movimento de trabalhadores brasileiros de pequenas ações, que construíram a confiança dos indivíduos para criar uma coletividade forte. Foi uma longa campanha que culminou no movimento das Diretas Já! de 1984, que finalmente derrubou a ditadura. Lula jamais cogitou de qualquer tipo de resistência armada. Muito disso sem dúvida advém de temperamento e formação; Lula tem longa experiência de organizador de movimentos classistas, que crê em dar o melhor uso possível às instit uições que haja, para construir o poder da classe trabalhadora.
Não foi fácil para a esquerda latino-americana manter-se longe da luta armada. Os EUA imperialistas sempre trataram a América Latina como sua propriedade. O Plano Roosevelt (1904), corolário da Doutrina Monroe (1823) definia que o governo dos EUA teria direito de intervir na América Latina sempre que constatasse “flagrante e crônico descaminho de alguma nação latino-americana.” Sempre se entendeu que caberia ao presidente dos EUA fazer tal avaliação. E vários presidentes fizeram, desde a invasão do México, em 1846, até o golpe “soft” em Honduras, em 2009.
Se os EUA não desembarcavam com seus Marines ou Bombers, desembarcavam, igualmente poderosos, com seus dólares e acordos de livre comércio. Foi o que viu com muita clareza o presidente do Partido Comunista Uruguaio, Rodney Arismendi, em 1947, quando escreveu “Os EUA aproveitam-se de sua ânsia de poder, das vantagens obtidas durante a II Guerra Mundial e, particularmente, dos acordos feitos sob o sistema pan-americano. Mas não há acordo econômico pan-americano que ponha a América Latina, de mãos atadas, aos pés da indústria ianque.”
Houve então, uma necessidade combinada da América Latina de fazer frente aos assaltos “das oligarquias financeiras anglo-norte-americanas”, que tentavam “dinamitar as bases da paz recém assinada”. Mas cada tentativa para defender a paz e impulsionar uma agenda pacífica, encontrava sempre a resistência das mesmas oligarquias locais, financiadas por aliados dos EUA: golpes militares e assassinatos de líderes políticos que trabalhassem pela independência dos países da América Latina. A luta armada revelou-se inútil, como arma revolucionária.
A agonia da esquerda viveu tempos de redenção e alívio em 1959, com a vitória da Revolução Cubana. Soou quase como um milagre. Um pequeno pelotão de homens e mulheres pobremente armados desembarcaram de um barco vindo do México para, da serra cubana, começar a derrubar o governo de Fulgêncio Batista. Dali em diante ampliaram o número de bases de luta (chamados “focos”) e criaram firmes alianças com movimentos de massa urbanos, os quais, também eles, foram despertados de longos anos de apatia e dormência por Castro e seus guerrilheiros. A ditadura foi derrubada, de fato, com poucos confrontos em armas. Foi momento extraordinário da luta. Jovens de toda a América Latina acorreram a Cuba, muitos em busca de refúgio, muitos respondendo à convocação de Che, para levar a revolução a outras terras (Guerra de Guerrilhas, livro de Guevara, é de 1961).
Um universitário francês, Regis Debray, escreveu um manifesto de divulgação e defesa da guerrilha “foquista”, Le Castrisme, la Longue Marche de l’Amérique Latine (1965), no qual registra, cautelosamente, que o “foquismo” não ganhara fôlego (“a luta armada não é, nela mesma, uma panaceia”) e que tem de haver “um laço orgânico entre a luta de massas e a luta em armas”. Louis Althusser, professor de Debray, respondeu-lhe, em crítica àquele manifesto, que “É possível que suas teses estejam corretas, mas você não apresenta qualquer demonstração positiva; você só apresenta o que se pode cha mar de demonstração negativa. Nos seus escritos, a validade da luta armada é demonstrada menos pelos méritos da luta armada do que pelos vícios e fracassos de outras formas de luta que você examina; você apresenta menos qualidades e vantagens que se possam obter exclusivamente com a luta armada, que defeitos e desvantagens de outras formas de luta.”
Che Guevara acabou por transferir-se à Bolívia, para lá aplicar seu método de guerrilhas. Meteu-se em região remota, pensando em levantar os camponeses do nordeste do país e os mineiros da região e engajá-los em sua luta. O fracasso de seu projeto aparece bem claro na última anotação que fez em seu diário: “Onze meses que estamos aqui; passei todo o dia sem qualquer complicação; foi dia, pode-se dizer, bucólico, até às 12h30, quando apareceu uma velha pastoreando cabras, e entrou na ravina onde eu estava acampado. Tivemos de prendê-la. Mas ela nada disse de novidade confiável sobre os soldados; disse que não sabia de nada, que há muito tempo não ia à vila. Falou um pouco sobre o estado das estradas (…). Demos 50 pesos a ela e pedimos que não dissesse que nos havia encontrado, mas sem muita esperança de que ela cumpra o trato.”
Os guerrilheiros não estavam isolados apenas geograficamente, também estavam isolados do povo. O povo não confiava neles. Essa imagem levou Teodoro Petkoff, do Partido Comunista da Venezuela, então do MAS (Movimiento al Socialismo) e hoje crítico feroz de Chávez, a escrever, em 1976, que “a realidade mostrou que um desejo revolucionário, privado de todas as circunstâncias favoráveis e apoiado apenas em vagas ideias gerais como “a América Latina está madura para a revolução” nada pode obter ante o “olhar de pedra” dos camponeses bolivianos, que olhavam Guevara e não entendiam seus esforços para comuni car-se com eles.”
Em 1976, quando Petkoff escreveu essas linhas, os movimentos guerrilheiros já se haviam dissolvido. Alguns grupos sobreviveram no Cone Sul (Argentina, Uruguai, Chile), praticamente nenhum no Brasil e na Venezuela. A Bolívia nada tinha a dizer e no Paraguai jamais se estabelecera qualquer movimento de luta armada. Os ativistas que permaneceram vivos refugiaram-se em movimentos urbanos ligados às populações nativas, sindicatos e organizações de assistência social, na Floresta Amazônica ou nos barrios operários. Mas a resistência armada, contudo, prosperous nos Andes, do sul do Peru à selva da Colômbia. No Peru, or ganizou-se o Sendero Luminoso, que sobreviveu até meados dos anos 90s. Na Colômbia criaram-se as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC.
Formadas em 1964 por um grupo dissidente do Partido Comunista Colombiano (e lideradas pelo importante comandante Manuel Marulanda, também chamado “Tiro Fijo” [tiro certo], as FARC mergulharam fundo na vida rural da Colômbia (“Colômbia profunda”), construindo lideranças rurais para substituir os poucos militantes urbanos que trocaram a luta urbana pela luta na selva. Assaltos massivos contra o exército colombiano financiado pelos EUA jamais conseguiriam destruí-lo; de fato, foi como se depois de cada ataque, o exército se tornasse mais forte. Nos anos 80s, a esquerda colombiano assinou acordo de paz com a oligarquia. As FARCs respeitaram o acordo; não vol taram, da selva para as cidades; mantiveram o cessar-fogo. Mas o acordo fracassou, e um a um continuaram os assassinatos de líderes da esquerda, pelos militares da oligarquia. As FARCs voltaram à luta armada. Foi a capacidade de sobrevivência das FARCs que levou ao Plano Colômbia, com o governo dos EUA fazendo daquele país a base de suas operações na América Latina. Mas nem assim as FARCs foram derrotadas. A situação continuou em impasse.
Nesse impasse, outras forças emergiram. Nas regiões do norte do país, onde as FARCs também são populares, nasceram novas instituições sociais dos Povos Nativos. A guerra civil os esgotara e mataram gente demais; os índios tinham paz no coração. Para eles, era necessário abrir outros caminhos.
Como escreveu o ativista e economista colombiano Hector Mondragon recentemente, as FARC há muito tempo trocaram a luta social pela luta militar; vivem concentrados na campanha militar e dão pouca atenção à construção das lutas sociais e de massas. Como diz Mondragon, “é erro político grave. Foi a tragédia das lutas populares. Permitiu o fortalecimento da extrema direita que, hoje, dirige o país. Falhou não só por não ter posto fim ao deslocamento de centenas de milhares de camponeses e afro-colombi anos, mas, de fato, porque exacerbou esse processo e até provocou o deslocamento forçado de povos nativos em vários pontos da Colômbia.”
Dessa perspectiva, pode-se ver o que Chávez e Lula querem fazer das FARC. Querem que o músculo da organização saia da selva, que se alie à “maré rosada” que varre a América Latina, que auxiliem no processo em que está empenhado o Polo Democrático, de empurrar para a esquerda as instituições colombianas.
O processo bolivariano abriu uma nova via na América Latina. Também inspirou tentativas semelhantes de construir movimentos parlamentares-eleitorais afinados com os movimentos sociais, para usar o poder das maiorias e assumir o poder do Estado, recriando o pacto moral entre Estado e Sociedade. A Aliança Bolivariana para a América Latina (ALBA) é o mecanismo para levar a Constituição Venezuelana de 1999 a todo o hemisfério – essa é a alternativa às Zonas de Livre Comércio das Américas (ALCA) favorecidas pelas oligarquias latino-americanas e por Washington, DC. A ALBA já não é só mera alternativa; já é uma aliança de uma nova modalidade de relações entre Estados.
Chávez tem clamado pela criação de uma 5a. Internacional “como instrumento para a unificação e a articulação das lutas dos povos para salvar o planeta” – e tem dado estatuto planetário ao projeto. É marxismo sem o movimento blanquista de sacar as armas. Baseia-se numa análise sóbria das forças sociais distribuídas pelo planeta, com um olho na possibilidade de usar as instituições que há, para caminhar no rumo de uma agente progressista; e para formar um novo grande bloco moral-social como o que resultou na Constituição Venezuelana de 1999 e na constituição da ALBA.
Pode-se hoje ainda tomar emprestado de Debray o lirismo prometeico da construção revolucionária e a lucidez sempre buscada sobre suas próprias ações, aliança que está bem simbolizada nos esforços desiguais, mas combinados e complementares, que se veem de Brasília a Caracas, de La Paz a Havana.


Vijay Prashad é professor de História do Sul da Ásia no Trinity College, Hartford, Conn.
Seu livro The Darker Nations: A People's History of the Third World (NY: The New Press)
foi lançado em 2007. Recebe e-mails em Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

O artigo original, em inglês, pode ser lido em:
http://www.counterpunch.org/prashad01082010.html

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