O Ministro da Defesa sírio, Ali Habib, afirmou em entrevista coletiva em Aleppo, no norte da Síria nessa terça-feira que seu país realizou seus primeiros exercícios militares em solo com a Turquia na primavera passada e que o novo acordo prevê manobras mais abrangentes e de maior dimensão.
As declarações foram feita após a primeira reunião do Conselho de cooperação estratégica entre a Síria e a Turquia, com a participação de mais de vinte ministros dos dois países para lançar a abolição de vistos de entrada aos seus cidadãos entre outras medidas de aproximação estratégica em diversos campos.
Numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo turco, Ahmet Davutoglu, o Chanceler sírio Walid al Mouallem elogiou Ancara por ter anulado os exercícios militares conjuntos com Israel, uma contrapartida turca para o ataque israelense contra a Faixa de Gaza.
Turquia havia negado a existência de quaisquer motivos políticos por trás da decisão de cancelar os exercícios com Israel e pediu a Tel Aviv que mostre "prudência" em suas declarações.
As autoridades turcas garantiram que este cancelamento não representa uma ameaça para as relações bilaterais e os interesses estratégicos. Mas alertaram que as sensibilidades relativas à guerra israelense na Faixa de Gaza e às agressões em Jerusalém Oriental e na mesquita Al-Aqsa são reais.
A Turquia, país candidato à União Européia,liderada pelo primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, tem aprofundado as suas relações e influência no Oriente Médio, expandindo a sua política externa e promovendo relações com países como a Síria e o Irã.
A crise entre Turquia e Israel ocorreu ao final do ano passado quando Ancara intermediava negociações indiretas para a paz entre a Síria e Israel e ficou surpresa com os ataques israelenses contra a Faixa de Gaza interrompendo as negociações em um momento em que pareciam avançar.
Com al-Jazeera